Política
Indicações do PT Alagoas geram crise interna
Insatisfações no campo majoritário da legenda são com a forma como a direção decidiu quem ocuparia espaços no governo Paulo Dantas

O PT em Alagoas, com um deputado federal e um estadual, compõe o secretariado do governo Paulo Dantas (MDB) na Secretaria de Direitos Humanos e na de Recursos Hídricos. Mas as indicações dos quadros partidários para a ocupação desses espaços geraram uma crise interna entre os militantes que circundam a maior tendência interna, a CNB, do deputado Paulão. Um dos nomes a questionar as indicações é o advogado Welton Roberto.
“As coisas internamente no partido estão sem discussão prévia, sem debate, sem diálogo, sem ampliar a questão que envolve os espaços do partido, tanto em nível estadual quanto federal. Nós tomamos conhecimento das nomeações do segundo escalão pelo Diário Oficial e pela imprensa. O partido não chamou a plenária, não chamou uma reunião. O partido, simplesmente fez uma reunião da executiva para fazer ad referedum depois das nomeações que o governador Paulo já tinha feito. Isso é absurdo do ponto de vista democrático, da transparência”, reclama o advogado, que fez parte de um grupo que elaborou uma carta em questionamento às indicações. E isso gerou no chamado campo majoritário do PT de Alagoas.
“Então, o que nós fizemos? Logicamente, sob o comando do mandato do Ronaldo Medeiros [deputado estadual], e nós que participamos da construção coletiva desse mandato, tanto dele quanto do Paulão. Estamos nos reunindo a ampliando essa discussão para as bases do partido. Fizemos uma carta que acabou, infelizmente, vazando para a imprensa. Não sabemos quem fez isso, até porque o intuito era ampliar mais os signatários dela e mostrar nossa indignação sobre como as coisas foram feitas e não contra as pessoas que estão nos cargos”, explica Welton Roberto.
Em sua avaliação, a forma como estas questões estão sendo tratadas pelo PT local freiam o crescimento da legenda.
“Queremos demonstrar que a forma como isso está sendo feito no partido está equivocada. É uma forma centralizadora, que faz com que o PT não cresça. Ou seja, praticamente inviabiliza o projeto de 2024 e 2026, a menos, em minha humilde opinião, 2024 o partido não vai ter quem sustente uma candidatura. Eu mesmo, se continuar ser essa a forma que o partido lida com essas questões, abdico de qualquer candidatura para as próximas eleições porque a gente só é chamado na hora de garantir a composição das chapas, mas na hora de discutir estratégia de projetos futuros não tem discussão”, afirma Welton Roberto.
Além de Welton Roberto e Ronaldo Medeiros, a carta também foi assinada por Judson Cabral, e Basile Christopoulos.
À reportagem da Tribuna Independente, o deputado estadual Ronaldo Medeiros disse que não comentará sobre o assunto. A reportagem também contatou Ricardo Barbosa, presidente estadual do PT, e Paulão, deputado federal do partido, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.
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