Política
Terrorismo em Brasília é consequência direta da Lava Jato, diz pesquisador
Fábio de Sá e Silva diz que Moro e Dallagnol alimentaram a violência contra as instituições
A depredação da Praça dos Três Poderes, realizada por terroristas bolsonaristas no dia 8 de janeiro, é consequência direta do lavajatismo, aponta o pesquisador Fábio de Sá e Silva, que estudou a fundo a operação.
"A Lava Jato acelera e fomenta uma indisposição de parte da sociedade contra os poderes instituídos. Ela reforça uma ideia de que todas as instituições estão contaminadas pela corrupção", diz Silva, professor de estudos da Universidade de Oklahoma, nos EUA, em entrevista à Folha de S. Paulo.
"Eu vejo como uma linha de continuidade. É um processo de mudança política que foi acontecendo no Brasil, com o centro de gravidade da política se movendo à direita até a consolidação de uma extrema direita. E é difícil, para mim, separar a Lava Jato disso, porque ela deu uma contribuição grande", aponta o pesquisador. "Moro e Dallagnol desvalorizam a política que está aí e, ao mesmo tempo, se vendem como pessoas que vão imunizar essa política, que vão agir em defesa do interesse público. Ou seja, com o discurso antipolítica você cria um problema para vender uma solução, e a solução é você", acrescenta.
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