Política
Movimentos sociais realizam ato a favor da democracia em Maceió
Manifestação acontece em resposta às invasões golpistas a sede dos Três Poderes em Brasília no domingo (8)
Movimentos sociais realizaram manifestações a favor da democracia em várias cidades do Brasil nesta segunda-feira (9). Em Maceió, a mobilização teve sua concentração na Praça do Centenário, na Avenida Fernandes Lima e percorreu as ruas até a sede do Judiciário de Alagoas, no Centro. Os atos são em resposta às invasões da sede dos Três Poderes por bolsonaristas no último domingo (8).
A manifestação teve acompanhamento da Polícia Militar, com o batalhão de trânsito, e da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT). A organização do ato em Maceió foi da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outros sindicatos. A presidente da CUT/AL, Rilda Alves, reafirmou seu apoio aos resultados legítimos das eleições e defendeu que haja Justiça com os envolvidos nas manifestações antidemocráticas.
“Não dava para não vir às ruas hoje e dizer que somos a favor e apoiamos incondicionalmente a democracia. Dia 30 de outubro finalizaram as eleições com resultado democrático das urnas, onde o presidente Lula foi eleito, quer goste ou não, tem que respeitar o resultado. O ato que aconteceu em Brasília é inadmissível, estamos aqui para reafirmar nosso apoio ao resultado das urnas e cobrar justiça, que esses terroristas sejam punidos.”
A segunda suplente para deputado estadual e uma das organizadoras, Elida Miranda, esteve presente no ato e defendeu a legitimidade dos resultados das urnas. “Esse é um ato em defesa da democracia, a população brasileira organizada não só nos movimentos sociais e partidos políticos, mas toda a sociedade civil de um modo geral veio às ruas defender a democracia, porque o que aconteceu ontem em Brasília foi um vandalismo golpista, não houve nada de manifestação. Temos certeza que o presidente Lula foi eleito democraticamente”, disse.

O sindicalista e deputado federal Paulão também esteve presente no ato e defendeu a importância da resposta. “É importante fazer defesa da democracia. Na minha visão, a resposta tem que ser dada em cada município, principalmente nas capitais. É uma mobilização em cima da hora, mas é importante estar aqui em defesa da democracia. O mundo repudiou esses atos, então é importante a gente demonstrar o poder popular de cada município fazendo essa mobilização do em defesa do estado democrático de direito”, argumentou Paulão, do PT.

A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia disse que “esse ato é de extrema importância em todo o Brasil para fortalecer a democracia, o presidente Lula, o governo é de responsabilidade de todos nós, o fascismo que foi instaurado no nosso país não pode perdurar”.
O desembargador Tutmés Airan, do Tribunal de Justiça de Alagoas, disse que a manifestação é uma resposta aos golpistas e comparou as eleições a um jogo, que precisa ter as regras respeitadas.
“É uma resposta da parte sadia da sociedade em defesa da regra do jogo, que deve valer independentemente de ganhar ou perder, e democraticamente toda a vida foi assim, quem ganha governa, quem perde vai para a oposição, simples. Não dá para só acreditar na eleição só quando convém, ficou muito claro isso durante todo esse processo eleitoral, tanto que eles elegeram uma bancada vigorosa de deputados e senadores e essa eleição deles não foi contestada. Isso é brincar com a inteligência alheia”, manifestou.

Policiais antifacistas
O policial militar coronel Luciano Silva defende que os atos e ações golpistas devem ser penalizados. “A democracia deve ser prontamente defendida, com uma ação forte do estado contra essas ações antidemocráticas do estado de direito”, afirmou.

Invasão
No domingo (8), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Os golpistas invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados, o tapete do Senado foi usado de “escorregador”.
Em seguida, os radicais se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário da Corte, onde arrancaram cadeiras do chão e o brasão da república. Os radicais também picharam a estátua “A Justiça” e a porta do gabinete do ministro.
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