Política
Trabalhadores fazem protesto no Comitê de Rodrigo Cunha alegando falta de pagamento
Funcionários da campanha fecharam a Avenida Álvaro Calheiros e disseram que só iriam liberar a via quando recebessem o pagamento
Um grande protesto paralisou a Avenida Álvaro Calheiros, no bairro da Jatiúca, em Maceió, na noite desta terça-feira (4). Pessoas que trabalharam na campanha do candidato ao Governo de Alagoas, Rodrigo Cunha (União Brasil), alegam não terem sido pagas pelo serviço. A concentração do protesto aconteceu no próprio comitê do candidato. Era possível ver dezenas de trabalhadores querendo explicações dos coordenadores da campanha ao Governo de Alagoas. Enquanto os coordenadores tentavam explicar o atraso de pagamento, os trabalhadores diziam à reportagem da Tribuna que desde sexta-feira “estariam escutando a mesma conversa”.
Uma das manifestantes explicou a situação do pessoal que atuou na campanha do candidato Rodrigo Cunha. “A gente trabalhou na campanha do Rodrigo por 30 dias. Fizeram o acordo de pagar a gente no dia 30 [de setembro], agora no final do mês, e até agora ninguém recebeu nada. Não deram comida, não deram água [durante atividades de campanha], hoje já é 4 e até agora nada. Estou aqui desde de manhã. A gente trabalhou, chegou tarde, fora de hora. Temos filhos. Mães e pais deixando seus filhos. Tem até gestante de quase 9 meses, perto de ter filho. A gente veio aqui para receber e nada. Trabalhamos todos os dias, sem faltar. Chegávamos até 2 horas da manhã em casa. Praticamente dando a vida ao candidato”, afirmou Tainá Correia para a reportagem.
Maria Aparecida é outra trabalhadora da campanha de Rodrigo Cunha e também falou à reportagem que não recebeu o pagamento dos serviços prestados. “Trabalhei no sol quente. Tenho uma filha de 11 anos. Não tive tempo de levar minha filha nem na escola. Tenho problema de depressão, de ansiedade. Tenho pressão alta, tomo comprimidos. O que tenho para falar é isso. Ainda tem minha filha que trabalhou comigo também. Sabe o que fizeram? Botaram R$ 1.800 pra dividir entre as duas. Coisa que a gente foi contratada para receber um salário mínimo. Então, eu não quero esse dinheiro. Eu quero meu salário”, afirmou Aparecida.
Os manifestantes fecharam a Avenida Álvaro Calheiros por volta das 19h. Os trabalhadores se sentaram no meio da avenida, impedindo a passagem dos veículos. Alguns motoristas tiveram a ideia de passar por cima do canteiro central da Álvaro Calheiros, indo, dessa forma, para a outra pista da avenida. Alguns minutos depois, os manifestantes também fecharam o outro lado da pista, impedindo todos os veículos de transitarem pela avenida e causando um grande engarrafamento.
Resposta da campanha
A empresa LS Promoções, contratante de parte dos trabalhadores que atuam na campanha do candidato Rodrigo Cunha (União Brasil), informou, por meio de nota à imprensa, “que todos os compromissos financeiros assumidos com estes colaboradores já foram, estão sendo ou serão honrados integralmente”.
“E mais: não existe nenhum ‘calote’ da candidatura de Rodrigo Cunha, como tentam, maldosamente, disseminar na mídia e nas redes sociais. O fato isolado ocorrido na tarde desta terça-feira (4) não foi causado por falta de recursos financeiros. Nem de nossa parte, nem de parte da campanha do candidato que nos contratou”, afirmou a empresa.
“O grupo de pessoas que se juntou na frente do comitê de Rodrigo Cunha - trabalhadores que merecem todo respeito e consideração - não recebeu seu pagamento no dia de hoje devido a limitações no sistema de pagamento via PIX”, disse a empresa.
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