Política
Ciro no JN: 'Eu represento uma espécie de movimento abolicionista num sistema escravista'
Ciro Gomes (PDT) foi o segundo candidato a participar da série de entrevistas do Jornal Nacional com os presidenciáveis, que começou com Jair Bolsonaro (PL). Lula (PT) participará na quinta (25); e Simone Tebet (MDB) na sexta (26).
Em entrevista ao Jornal Nacional, nesta terça-feira (23), o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) foi perguntado sobre como pretende formar maioria no Congresso Nacional para apoiar suas propostas caso seja eleito.
"A receita é tentar transformar a minha eleição numa eleição de ideias. O Bivar, que é presidente do União Brasil, me pediu para deixar a porta aberta até o último dia e, no fim, foi honesto. Ele disse 'o problema do Ciro não é a pessoa dele, que nós queremos bem, são as ideias dele'. A gente tem que entender que eu represento uma espécie de movimento abolicionista num sistema escravista. Você não vai esperar que um escravista ajude o abolicionista. E é basicamente o que eu estou tentando fazer", disse o candidato, que não tem alianças com outros partidos nessas eleições.
"Eu proponho mudar o modelo econômico, que é uma tarefa profundamente complexa e difícil. E eu pretendo mudar o modelo de governança política, pedindo às pessoas para pensarem juntas comigo."
Ciro avaliou ainda como ex-presidentes lidaram com o "presidencialismo de coalizão". "O Brasil se redemocratizou, se tomarmos eleições diretas para presidente, em 1989. O Collor governou com esse modelo e foi cassado. O Fernando Henrique e o PSDB nunca mais ganharam uma eleição nacional governando com esse modelo. O Lula foi parar na cadeia governando com esse modelo."
"É o que se convencionou chamar de presidencialismo de coalizão nessa expressão elegante do Fernando Henrique, ou nessa adesão vexaminosa e corrupta ao centrão [...] Este modelo é a certeza de uma crise eterna", explicou.
"Minha proposta é transformar minha eleição não num voto pessoal, mas num plebiscito programático. Vou tentar forçar uma mão, em todas as ocasiões que eu tiver oportunidade [...] para que a gente discuta ideias para que, com isso, eu celebre uma nova cumplicidade com o povo brasileiro. Isso diminui muito a distância entre um presidente que quer reformar o país, como eu quero", argumentou.
O candidato disse que pretende adotar três passos para conseguir aprovar as reformas propostas: "Primeiro, propor as ideias e não o deixa que eu chuto, que tem sido a característica do populismo de lado a lado, de direita e de esquerda. Segundo, propor nos seis primeiros meses, é uma hora mágica. [...] Terceiro, aí está a chave de inteligência de como eu tiro o Brasil dessa crise eterna, negociar".
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