Política
Após denúncia de violência policial em Teotônio Vilela, OAB cobra apuração de autoridades
Três pessoas da mesma família afirmam ter sido agredidas por militares
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) encaminhou ofícios, nesta terça-feira (23), para o Ministério Público Estadual, para a Polícia Civil, para a Corregedoria da Polícia Militar e para a Secretaria de Segurança Institucional de Teotônio Vilela, cobrando informações e a apuração da denúncia de agressão envolvendo três pessoas da mesma família, na cidade de Teotônio Vilela, no sábado passado (20).
Além de cobrar a apuração rigorosa do caso, a Ordem vem dando apoio às vítimas. Segundo elas, uma equipe da Polícia Militar se deslocou até a Rua Antônio Elias da Silva, localizada no Conjunto Frei Damião, para atender a denúncia de perturbação de sossego. As três vítimas, uma mulher e dois homens, teriam sido confundidas com outro morador, que teria jogado uma pedra em um dos policiais, o que teria motivado a invasão do imóvel em que residem e a abordagem truculenta.
Conforme as vítimas, as agressões se iniciaram no momento em que questionaram o motivo da invasão à residência. Os dois homens, ao tentarem defender a mulher que estava sendo espancada e arrastada até a rua, também foram agredidos. O casal foi algemado e levado até a delegacia. Outra vítima decidiu voltar para casa. Porém, no caminho, foi identificada na rua e novamente espancada, levando coronhadas, socos e até tiros de borracha. Ele foi deixado em uma via.
A violência, conforme o relato, continuou no outro dia. Uma das vítimas alega que foi reconhecido em praça pública na cidade e agredida mais uma vez, à luz do dia, na frente de várias testemunhas. O homem denuncia que os envolvidos seriam agentes da Guarda Municipal da cidade.
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos foi acionada através do advogado que está representando as vítimas. “Nós estamos cobrando que sejam tomadas as devidas providências nesse caso. Também estamos demonstrando apoio ao advogado que está representando as vítimas e que entrou em contato com a comissão para denunciar o caso. É inadmissível que casos como esse continuem a acontecer no nosso estado”, pontuou Rayza Elias, membro da comissão.
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