A manhã desta quinta-feira (11) em Maceió, capital de Alagoas, foi marcada por um ato em favor da democracia e contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Dezenas de pessoas de movimentos sociais, sindicais, partidos políticos e sociedade civil organizada se concentração na Praça do Centenário, no bairro do Farol, e em seguida saíram em caminhada pelas ruas do centro da capital alagoana.

Com faixas e cartazes, grupos ligados a movimentos sociais, estudantis e agrários e outros, gritavam palavras de ordem e pediam solução para os problemas enfrentados pelos trabalhadores nas mais diversas áreas como saúde, educação, moradia e contra o retrocesso, que para eles foi visto durante o governo de Bolsonaro. 

O grupo realizou a manifestação ocupando apenas a faixa azul, destinada ao transporte coletivo, deixando as outras pistas livres para o trânsito. O objetivo do ato é mostrar a Carta de Estado de Direito e da Democracia para toda a sociedade. 

Para a vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), Sandra Lúcia dos Santos Lira, a carta é um pedido de socorro de todos os brasileiros que estão sofrendo com o retrocesso visto no atual governo.

"Está carta-manifesto foi lançada pela Faculdade de Direito da USP [Universidade de São Paulo], mas é uma pauta de todo o país e já têm mais de 800 mil assinaturas. São de entidades patronais, das entidades estudantis, das entidades trabalhistas, dos movimentos sociais, dos intelectuais, e de todas aquelas pessoas que tem na mente que ditadura é retrocesso, é miséria, é fome e é dor", aponta Sandra Lúcia.

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), em greve há mais de um mês, também esteve presente no ato cobrando melhorias e chamando atenção para as necessidades da rede municipal de ensino. 

A presidente do Sinteal, Consuelo Correia, garante que os trabalhadores não irão fugir da luta mesmo com as ameaças recentes proferidas por Bolsonaro.

“Estamos diante de um momento histórico em defesa da nossa democracia e não vamos fugir à luta. A educação irá às ruas caminhar lado a lado aos outros movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos para dar um basta às tentativas de golpe, defendendo eleições livres, onde daremos a resposta merecida a esse desgoverno de Bolsonaro e suas ameaças”, disse Correia.

Estudantes também estiveram presentes para protestar por seus direitos, além de movimentos agrários, moradores de rua e outros.

A carta-manifesto foi lida em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL), na praça Monte Pio, no Centro de Maceió, com leitura da Carta em Defesa da Democracia.