Política
Delegada que investiga assassinato de petista propagou discurso de ódio contra Lula e PT nas redes
Iane Cardoso, da Polícia Civil do Paraná, desmentiu em entrevista que o policial penal bolsonarista Jorge José Guaranho, autor do crime, estivesse morto

A delegada Iane Cardoso, da Polícia Civil do Paraná, responsável por apurar o caso do policial penal bolsonarista Jorge José Guaranho que assassinou o o guarda-civil petista Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, propagou discursos de ódio contra Lula (PT) e o PT nas redes sociais ao menos até maio de 2017, um ano antes da eleição de Jair Bolsonaro (PL).
A incitação ao ódio propagada nos meios bolsonaristas é parte da principal linha de investigação do crime. Em entrevista coletiva, a própria delegada afirmou que Guaranho foi até à festa sem ser convidado e começou a gritar "Aqui é Bolsonaro", antes de sair e voltar para efetuar os disparos.
Na entrevista, Iane ainda desmentiu a informação que circulava que o bolsonarista também teria morrido ao ser atingido por um tiro disparado por Marcelo Arruda, quando já havia sido atingido pelos dois disparos que levaram à sua morte.
Iane apagou diversas publicações de ódio contra Lula e o PT em suas redes. No entanto, manteve algumas como uma charge compartilhada em 18 de maio de 2017 em que a figura de Michel Temer (MDB) lança ironias sobre a posição de apoiadores de Lula sobre a Lava Jato.
"Dilma? Sou eu... Escuta... Pergunta pro Lula: quanto sai um caminhão cheio de abestado gritando 'é golpe'! 'Lava jato Seletiva' e 'vazamento ilegal'?", diz a charge.

Em outra publicação, de 5 de fevereiro de 2017, a delegada compartilha um texto de um site em que um homem ataca Lula, chamando o petista de "psicopata", por, segundo ele, "politizar" o velório de Marisa Letícia.
Ianes também compartilhou em 2016 um card do MBL que diz que Lula foi "pressionado pelo PT para aceitar um ministério e ganhar imunidade para fugir da lava jato".
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