O pré-candidato ao governo de Alagoas, senador Fernando Collor (PTB) foi o entrevistado dessa segunda-feira (27) no TC News da TV Cidadã (canal 35.2 da TV aberta. Em conversa com o jornalista Valtenor Leônico, Collor defendeu o governo de Jair Bolsonaro (PL) e disse que será o palanque do presidente no estado.

“Aceitei ser pré-candidato ao governo de Alagoas, em primeiro lugar, porque foi essa a demanda que recebi do povo alagoano. A gente sabe que na vida pública não se toma uma decisão solitária, mas em conjunto com os setores da sociedade, então eu recebi esse apelo para dar meu nome, sobretudo, porque entendi que havia um vácuo de uma candidatura que pudesse oferecer experiência e entusiasmo”, afirma o senador.

Collor ressaltou que ficou feliz em receber o apoio de Bolsonaro.

“Ele estava precisando em Alagoas de um palanque onde pudesse receber seus adeptos, os seus amigos, seus correligionários, as pessoas que o querem bem e que valorizam as ações do seu governo. E hoje esse palanque está instituído em Alagoas com a minha pré-candidatura”, disse.

Sua pré-candidatura tem como slogan “governo para todos” e Collor garante que estará voltado para o olhar social.

“Sempre fiz dos meus governos, municipal, estadual e como presidente da República, um governo de todos, com todos participando, da minha gente mais humilde até aqueles que constroem, os integrantes do setor produtivo. Nas últimas administrações, eu não percebi uma visão de futuro e nem um olhar social, então, eu como pré-candidato, eventualmente lá chegando, terei um olhar social, uma preocupação com o povo e uma visão de futuro”, garante.

ANALFABETISMO

Fernando Collor ressaltou sua preocupação com a educação, afirmando que Alagoas é o estado recordista de analfabetismo, com 17% da população analfabeta.

“Implementamos no Brasil quando eu era presidente, a universalização do ensino básico com as escolas integrais, os Centros Integrados de Atendimento às Crianças [CIACs] e vários foram construídos em Alagoas. Infelizmente o projeto foi abandonado quando deixei a presidência e nós perdemos duas gerações. Se nós tivéssemos dado continuidade a esse projeto, onde a crianças chegava na escola às 7h30, tomava café, tinha sua instrução na sala de aula, almoçava, passava a tarde toda dedicada às práticas educacionais, com aula de teatro, bibliotecas, prática de esportes, acesso ao médico, não seríamos recordistas de analfabetismo”, contou o senador.

“Nós não podemos conviver com essa situação se estamos pensando em avança, em inovar. Temos que dar condições a essas crianças de ter uma vida digna, de terem acesso a arte, a cultura, uma boa instrução, boa alimentação e aulas de pequenos ofícios como era a parceria com o Sesc Senac, que preparava as crianças para que quando saíssem da escola, já pudesse ter uma definição de qual carreira queria seguir”, continuou.

Collor também destacou que durante seu mandato como presidente, abriu o mercado internacional para o Brasil.

“Precisamos de um governo para frente, que avance, que tenha disposição para realizar os sonhos e as esperanças do alagoano e é exatamente isso que proponho. Ao longo dos cargos que ocupei na vida pública, dei demonstrações claras disso com abertura comercial que proporcionou, por exemplo, que o brasileiro tivesse acesso ao celular. Não apenas o celular, mas tudo que está por trás do aparelho, a tecnologia embarcada para que o celular funcione, o acesso a novos computadores, uma difusão enorme da tecnologia e da inovação. O acesso a equipamentos de última geração importados quando antes havia muita burocracia e um preço elevadíssimo para importar”, lembra.

“Então isso fez com que aumentasse a concorrência lá atrás, em 1990, quando iniciei na presidência”, continuou.

Collor destacou também a visita de Bolsonaro a Maceió na terça-feira (28).

“Bolsonaro gosta muito de Alagoas e do Nordeste. Ele tem essa afinidade de coração com a região e com Alagoas principalmente, para onde ele tem enviado muitos recursos. Os prefeitos todos, não só de Alagoas, mas do Brasil, não têm do que reclamar. Eu ouço dos gestores que nunca tiveram numa situação tão tranquila graças ao apoio que vêm recebendo do presidente. A maior prova disso foram os recursos enviados aos estados para combater a pandemia da Covid-19”, opinou.

O pré-candidato informou que Bolsonaro irá entregar 1.500 unidades habitacionais no Virgem dos Pobres e no Benedito Bentes.

Assista a entrevista na íntegra: