Política
AMA apoia piso da enfermagem e cita proximidade
Presidente da entidade, Hugo Wanderley diz que existe uma preocupação quanto à precariedade dos profissionais

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (4), o projeto de lei que cria o piso salarial de profissionais de enfermagem: tanto enfermeiros quanto técnicos e auxiliares. O projeto, que tramita em regime de urgência, também determina o limite de carga horária de 6h diárias para a categoria. O projeto vai à sanção presidencial.
Os municípios já contestaram essa aprovação porque, segundo os gestores, terá impacto nas contas municipais e as gestões municipais serão responsáveis em conceder o piso salarial. Para o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley, destaca que os gestores nunca foram contrários ao projeto.
“Em nenhum momento, a Associação dos Municípios Alagoanos [AMA] e os prefeitos, que são filiados a entidade, nos posicionamos contra ao reajuste do piso da enfermagem. Mas, o que estamos tentando a partir dessa emenda é evitar a precarização dos profissionais, com um possível fechamento de postos de trabalho, o que causaria um desemprego generalizado”, disse o presidente da AMA e prefeito de Cacimbinhas, Hugo Wanderley.
“Vários enfermeiros e técnicos terminaram as suas faculdades e jamais exerceram a profissão. Por isso, não queremos aprofundar essa situação. A emenda é o mesmo entendimento que foi usado durante o reajuste do piso dos agentes comunitários e de saúde, que agora é cumprido na maioria dos municípios de todo o país. Há todo o momento foi feita uma narrativa que os prefeitos estavam contra a classe dos enfermeiros, mas, pelo contrário, somos os entes políticos mais próximos da classe. Até porque, em várias situações, nós pagamos mais do que o setor privado. Se houver um aumento de piso sem alinhamento dos repasses, vai haver uma precarização do ofício. A AMA e os prefeitos apoiam e defendem a aprovação da emenda”, concluiu.
Atuando na área há 13 anos, a enfermeira Mirella Montenegro acredita que o piso irá fortalecer a categoria. “Foi importante pelo fato de que os profissionais lutam há mais de vinte anos por valorização, seja profissional e salarial. Portanto fortalece a classe”, opinou.
Porém, Mirella afirma que sente angústia em pensar que pode haver muitas demissões. “Eu trabalho em dois locais, público e privado. Isso acontece com vários profissionais da saúde, trabalhar em mais de um emprego para conseguir uma renda que dê para pelo menos pagar as contas. Minha maior angústia nesse momento são as demissões, não somente por mim, mas por diversos colegas técnicos e enfermeiros que também temem perder seus empregos”, afirmou.
“Apesar de o hospital ainda não ter se pronunciado, as especulações de demissões são grandes e, consequentemente, haverá sobrecarga de trabalho, mais do que já temos”, concluiu a enfermeira.
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