Política
Disputa de bastidor na eleição para governador ‘tampão’ mostra quem está de cada lado

A eleição indireta para governador e vice-governador de Alagoas vive dias de muita disputa de bastidor, levando a briga para a esfera jurídica. Esses embates servem para destacar quem está de qual lado na disputa para outubro. A análise é do cientista político Ranulfo Paranhos.
“Essa eleição indireta, quem vai ganhar é o Paulo Dantas. Mais dia, menos dia, essa eleição vai acontecer apesar da judicialização, apesar do questionamento junto à Justiça. Paulo Dantas vai vencer porque tem o MDB, sozinho, tem 15 votos dos 27 parlamentares da Assembleia Legislativa. Mas do ponto de vista de concorrência, dá o tom de quem é situação e quem é a oposição”, ressalta.
Após a decisão do presidente do TJ/AL, desembargador José Carlos Malta Marques, o ex-governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), publicou nas redes sociais que apoia a deliberação do Tribunal de Justiça. O senador Renan Calheiros (MDB), também publicou nas redes que “o TJ/AL incinerou o golpe de Arthur Lira [presidente da Câmara dos Deputados, PP] em impedir a eleição para o Governo de Alagoas”.
Até o fechamento desta edição, Arthur Lira não havia se manifestado sobre o assunto.
CANDIDATURAS PARA ESTE ANO
Ranulfo Paranhos destaca as relações políticas no interior como fator de fortalecimento das candidaturas para as eleições de outubro.
“Mas veja, do outro lado você tem a oposição do Rodrigo Cunha [UB], em aliança com o Arthur Lira [PP], e é ele quem tem mais chances nas eleições diretas ao Governo do Estado. Esse grupo é mais consolidado porque tem um número significativo de prefeituras e você tem uma figura que faz campanha há muito que é o Rodrigo Cunha”, diz o cientista político.
Ranulfo Paranhos também pontua que Paulo Dantas é pouco conhecido de boa parte do eleitorado de Alagoas e que isso é a principal motivação pela tentativa de adiamento do pleito indireto na Assembleia Legislativa.
“É difícil acreditar que o Paulo Dantas, mesmo com a máquina do Governo do Estado, consiga, em curto prazo, se igualar e isso talvez explique o porquê desse adiamento. Quanto mais tempo adiar, melhor para a oposição e pior para o grupo do Renan Calheiros. Do ponto de vista de capacidade, hoje, o Rodrigo Cunha me parece mais estruturado, o Paulo Dantas é mais desconhecido”, argumenta.
Se do ponto da relação com prefeitos do interior, Paulo Dantas, em princípio, estaria atrás de seus adversários, o ato de sua inscrição para a eleição indireta demonstrou alguma força política.
O registro de candidatura do emedebista foi marcado por forte presença política, seja de prefeitos do interior de Alagoas, de lideranças partidárias e de seus colegas parlamentares.
Paulo Dantas também tem intensificado sua presença no interior, especialmente em municípios ao quais tinha pouca, ou nenhuma, presença ou relação política, sempre ao lado do agora ex-governador Renan Filho, pré-candidato ao Senado nas eleições de outubro.
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