Política
Em nota conjunta, 4 pré-candidatos condenam 'neutralidade' de Bolsonaro em relação à Ucrânia
Ministro Carlos França (Relações Exteriores) afirmou que presidente quis dizer 'imparcialidade', expressão criticada pelo representante da Ucrânia no Brasil

Quatro pré-candidatos a presidente da República divulgaram nesta terça-feira (1º) nota conjunta condenando a "neutralidade" defendida pelo presidente Jair Bolsonaro como posição do Brasil em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia.
A nota é assinada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pelo ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (Pode-PR), e pelo cientista político Felipe d'Avila (Novo-SP).
No domingo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista coletiva no Guarujá, onde está de folga, que a posição do Brasil em relação ao conflito Rússia-Ucrânia era de "neutralidade".
No dia seguinte, o ministro Carlos França (Relações Exteriores) afirmou que, ao falar em "neutralidade", Bolsonaro quis dizer "imparcialidade", criticada nesta terça-feira pelo representante diplomático da Ucrânia no Brasil.
Na nota, os quatro pré-candidatos afirmam que a defesa da paz, da soberania nacional e da legitimidade da ordem internacional sempre pautou a política externa brasileira.
"Quando esses princípios cardeais são violados, não há espaço para neutralidade", afirmaram no texto, sem mencionar Bolsonaro. "É preciso defendê-los de maneira inequívoca por meio de nossas escolhas e ações", complementaram.
A nota afirma que o ataque militar da Rússia à Ucrânia é uma tentativa "condenável de mudar o status quo da Europa por meio da força, estimula a retomada de uma corrida armamentista e coloca em risco a soberania de países que lutaram contra as tiranias por liberdade e inserção na comunidade das nações".
Ao final, os pré-candidatos pedem a retomada da diplomacia e um posicionamento do governo brasileiro:
"Pedimos à Rússia que retome o caminho da diplomacia para a restauração da paz. Pedimos ao governo brasileiro que se posicione, unindo-se às nações que defendem a soberania da Ucrânia e a solução pacífica do conflito."
Íntegra
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelos pré-candidatos a presidente:
"A defesa da paz, da soberania nacional e da legitimidade da ordem internacional sempre pautou a política externa brasileira. Quando esses princípios cardeais são violados, não há espaço para neutralidade.
É preciso defendê-los de maneira inequívoca por meio de nossas escolhas e ações. O ataque militar da Rússia à Ucrânia é uma tentativa condenável de mudar o status quo da Europa por meio da força, estimula a retomada de uma corrida armamentista e coloca em risco a soberania de países que lutaram contra as tiranias por liberdade e inserção na comunidade das nações.
Portanto, nós, pré-candidatos à presidência da República, tornamos público o nosso repúdio à invasão da Ucrânia e oferecemos a nossa solidariedade ao povo ucraniano.
Pedimos à Rússia que retome o caminho da diplomacia para a restauração da paz. Pedimos ao governo brasileiro que se posicione, unindo-se às nações que defendem a soberania da Ucrânia e a solução pacífica do conflito.
@lfdavilaoficial
@jdoriajr
@SF_Moro
@SimoneTebetms
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