Política

Disputa pelo Senado ainda requer mais tempo em Alagoas

Para que os nomes sejam amplamente conhecidos, existe a necessidade de saber a decisão do governador Renan Filho

Por Tribuna Independente 22/01/2022 10h58
Disputa pelo Senado ainda requer mais tempo em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
Este ano não é só de eleição para presidente da República ou governador. Os eleitores também escolherão 1/3 do Senado Federal. Em Alagoas, pouco ou nada tem se falado sobre este pleito, assim como há apenas um nome confirmado para a disputa: Fernando Collor (PROS), que busca a reeleição. Outro nome provável é o do governador Renan Filho (MDB), mas até agora ele não confirma a candidatura. Para a cientista política Luciana Santana, pouco se fala nesta disputa porque não há definição para a eleição ao Governo do Estado. “Tem se falado um pouco da disputa do Senado porque a gente tem um clima de muita indecisão e incerteza com relação à disputa para o Governo em Alagoas. Ainda não sabemos se o governador vai renunciar para disputar o Senado ou se ele vai se manter até o final do mandato para tentar fazer seu sucessor. Lá para meados de março a gente, provavelmente, vai ter uma mudança nesse cenário. Se houver sinalização positiva de que haverá renúncia do governador, muda-se a história e então se terá mobilização de quem efetivamente vai disputar a eleição do Senado”, analisa a cientista política. Se Renan Filho decidir por concorrer ao Senado, ele precisa renunciar ao cargo que ocupa até março. Em seu lugar, a Assembleia Legislativa indicará um sucessor para o restante do ano, já que Renan Filho está sem vice porque Luciano Barbosa se elegeu prefeito de Arapiraca em 2020. Além de Fernando Collor e Renan Filho, outros nomes são apontados como possíveis candidatos ao Senado, a exemplo do vereador em Maceió Fábio Costa (PSB) e o vice-prefeito Ronaldo Lessa (PDT). “Hoje, as pesquisas apontam Renan Filho como o melhor colocado na disputa pelo Senado, seguido Fábio Costa, se não me engano. Mas não vejo, ainda, uma sinalização clara, por exemplo, por parte do Fábio Costa, pois sua candidatura vai depender muito das alianças que ele formar, vai depender muito se ele vai permanecer no PSB e como o próprio partido, nacionalmente, vai encaminhar as candidaturas aqui no estado”, pontua. “Hoje, não acredito muito que o Collor, num cenário em que o Renan Filho seja candidato ao Senado, vá em busca da reeleição. Acho mais provável que ele tente aí uma candidatura à Câmara dos Deputados.” ESQUERDA Mesmo com pouca discussão sobre a eleição para o Senado, dos nomes postulados, apenas Ronaldo Lessa é da esquerda. A reportagem procurou partidos deste espectro ideológico para saber se pretendem lançar candidatura a este cargo. De acordo com Estefanie Silva, presidente do PSOL em Alagoas, o partido terá candidatura ao Senado. “O PSOL em Alagoas, com certeza, vai fazer disputa não só para o Senado, mas esse processo está sendo pautado na executiva do PSOL que, junto ao diretório e o conjunto de militantes e filiados, organizará o Seminário Eleitoral do partido, que vai acontecer em breve”, relata a presidente do PSOL. Já Ricardo Barbosa, presidente do PT em Alagoas, destaca que a prioridade do partido é reeleger Paulão para a Câmara dos Deputados e buscar eleger deputados estaduais. “Mas é óbvio que queremos e temos legitimidade para discutir a chapa majoritária, principalmente governador e vice, mas temos que acompanhar os desdobramentos da Federação aqui em Alagoas. Creio que a disputa ao Senado é parte dessa discussão majoritária”, diz o presidente do PT em Alagoas. A reportagem contatou o vice-prefeito Ronaldo Lessa para saber se ele pretende mesmo concorrer ao Senado, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.