Política

Queiroga abre consulta pública sobre vacinação infantil após reunião com antivacinas

Encontro contou com conhecidas figuras negacionistas e contrárias à vacinação contra a Covid-19

Por Brasil 247 23/12/2021 07h27
Queiroga abre consulta pública sobre vacinação infantil após reunião com antivacinas
Reprodução - Foto: Assessoria
  Matéria atualizada às 14h13 de 28/12/21 para correção de informação Secretários do Ministério da Saúde realizaram uma reunião na última terça-feira (21) com conhecidas figuras negacionistas e contrárias à vacinação contra a Covid-19 para discutir a consulta pública sobre a imunização de crianças a partir de cinco anos que será aberta nesta quinta-feira (23). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já liberou o uso de vacinas da Pfizer para essa faixa etária e o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou prazo para que o governo federal se posicione sobre o assunto. Jair Bolsonaro e integrantes do primeiro escalão do governo, incluindo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, porém, tem se posicionado de forma contrária à imunização de crianças e adolescentes. De acordo com o Metrópoles, participaram da reunião pelo lado do governo Mayra Pinheiro, que ficou conhecida como Capitã Cloroquina em função da sua defesa de remédios sem eficácia científica comprovada, como a cloroquina e hidroxicloroquina, e o médico olavista Hélio Angotti Neto. Mayra e Angotti tiveram seus pedidos de indiciamento sugeridos pela CPI da Covid em outubro pelos crimes de “epidemia com resultado morte, prevaricação e crime contra a humanidade” e “epidemia com resultado morte e incitação ao crime”, respectivamente. Além deles, participaram como convidados Bruno Campello de Souza e Ellen Guimarães, que integraram a comitiva do governo federal que viajou à Manaus em janeiro e que indicou remédios e procedimentos sem eficácia contra a Covid-19, em meio a uma crise de falta de oxigênio hospitalar que matou milhares de pessoas por sufocamento. A consulta pública que será aberta nesta quinta-feira ficará aberta até o dia 2 de janeiro. O ministério promete se posicionar de forma definitiva sobre o assunto até o dia 5 de janeiro. O aval da Anvisa abriu uma crise com a cúpula do governo e Jair Bolsonaro ameaçou divulgar nomes de integrantes da autarquia que aprovaram a medida. Queiroga também defendeu a exposição dos profissionais que vêm sendo ameaçados de morte por extremistas antivacina e bolsonaristas. Retificação Diferente do que esta matéria afirmava anteriormente, Roberta Lacerda de Miranda não assinou documento defendendo a não vacinação de crianças de 5 a 11 anos. Roberta Lacerda de Miranda e Edson de Carvalho defendem a não vacinação de crianças e adolescentes de maneira compulsória, ou seja, obrigatória, clamando pela não liberação da imunização obrigatória para crianças de 5 a 11 anos.