Política
Deputados dizem que Auxílio Brasil é retrocesso
Proposta está tramitando na Câmara dos Deputados e pode ser votada esta semana

Em vias de ser votado na Câmara dos Deputados, o Auxílio Brasil substituirá o Bolsa Família, que realizou seu último pagamento na semana passada. Contudo, o novo programa criado por Jair Bolsonaro (sem partido) tem validade até dezembro de 2022. Ou seja, após as próximas eleições quando ele tenta sua reeleição. Para o deputado federal Paulão (PT) e para a deputada Tereza Nelma (PSDB), a ação é eleitoreira.
“Esse programa é só eleitoreiro. Portanto, eu acho um grande equívoco. Defendo que o se dê continuidade ao programa Bolsa Família, que é perene, com foco, com resolutividade, e com reconhecimento nacional e internacional”, afirma o deputado Paulão à Tribuna Independente.
Ele ressalta que programas de transferência de renda precisam ser permanentes.
“Programas desse tipo têm de ser permanentes e com definições de valores de acordo com os perfis das famílias”, completa o parlamentar.
A deputada Tereza Nelma tem posição semelhante à de Paulão. A parlamentar aponta que o novo programas traz retrocessos consigo.
“A nova medida causa um retrocesso na proteção aos indivíduos de baixa renda, reforçando uma ideia de que os trabalhadores pobres geram o próprio empobrecimento, isentando o governo das suas responsabilidades enquanto agente das políticas de desenvolvimento. Nas entrelinhas, o auxílio traz a velho conceito equivocado de meritocracia e a demagogia”
A reportagem da Tribuna Independente procurou outros parlamentares, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.
ARTHUR LIRA
Durante uma solenidade em Arapiraca, o deputado federal Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, ressaltou a urgência na aprovação do Auxílio Brasil.
“Durante toda a próxima semana vamos trabalhar pela aprovação do Auxílio Brasil. O Congresso Nacional deve se debruçar sobre esta pauta, que é importantíssima para o país. Não vejo outra pauta mais urgente que essa”, afirma. “Este mês acaba o Auxílio Emergencial e milhões de famílias podem ficar sem sua renda. Conto com a sensibilidade do Senado e dos deputados federais para a aprovação desta pauta”, completa Arthur Lira.
PROGRAMA
No final de outubro, o Ministério da Cidadania informou que o Auxílio Brasil deve começar em 17 de novembro. Isso, claro, se o Congresso aprovar o programa até lá.
O valor previsto é de R$ 400, mas somente no último mês do programa. Segundo o Ministério, os pagamentos do novo programa social começam a ser feitos para cerca de 14,6 milhões de famílias. Seu valor médio será corrigido em 17,84% já neste mês de novembro. Em dezembro, a depender da aprovação da PEC dos Precatórios, o governo pagará um complemento, que dará a cada família, até dezembro de 2022, pelo menos R$ 400 mensais.
Sem a PEC, o valor será de somente R$ 220,00.
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