Política

‘FORA BOLSONARO’ mobiliza protesto na orla da capital alagoana

Faixas e cartazes reivindicavam vacinação em massa, aumento e manutenção do auxilio emergencial e também protestavam contra a inflação em alta

Por Jairo Silva - colaborador com Tribuna Hoje 24/07/2021 18h02
‘FORA BOLSONARO’ mobiliza protesto na orla da capital alagoana
Reprodução - Foto: Assessoria
Na manhã do sábado (24), milhares de manifestantes se concentraram no espaço Multieventos na praia de Pajuçara em Maceió para protestar contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Faixas e cartazes reivindicavam vacinação em massa, aumento e manutenção do auxilio emergencial e também protestavam contra a inflação em alta, que provoca aumento dos preços dos alimentos. Outra pauta de manifestação são as denúncias de corrupção na compra de vacinas, investigadas na Comissão Parlamentar de Inquérito pelo Senado federal. Com a presença de lideranças sindicais, militantes sociais e políticas, o ato pedia o impeachment de Bolsonaro devido ao ‘negacionismo’ científico, os atrasos na vacinação da população além das suspeitas de corrupção que envolve o governo federal na compra de vacinas, hoje investigadas pelos senadores na CPI da Covid-19. Lideranças políticas condenam gestão de Jair Bolsonaro Para Elida Miranda, secretária de formação da CUT/AL, “estamos vivendo um momento difícil não apenas por conta da pandemia, mas sobretudo, pela política de morte e de corrupção do governo Bolsonaro. O atraso na compra das vacinas, desmascarado pela CPI é por conta de propina que está sendo negociada. A gente veio as ruas exigir que Artur Lira coloque o impeachment de Bolsonaro em votação”, enfatiza Elida Miranda. Segundo Girlene Lázaro, representante do Sinteal e da CNTE/AL, tanto o governo federal, como os governos estaduais e municipais precisam estar atentos a todas as medidas sanitárias para o retorno das aulas no modo presencial. Para Girlene, “não basta às escolas públicas disponibilizarem álcool em gel e máscaras para professores e alunos. As aulas e o ensino não pararam, pois transformamos nossas casas em sala de aula, investindo do nosso salário e nosso espaço para que as aulas aconteçam e os alunos não deixem de ter a formação necessária”, aponta a sindicalista. Em relação à volta às aulas em Alagoas, Girlene Lázaro alega que, “o sindicato não participou da formulação do protocolo sanitário. Nossa confederação [CNTE] tem procurado dialogar  com os governos estaduais e municipais a necessidade de juntos construirmos com a [secretaria da] Saúde estes protocolos, para que este retorno não seja uma fonte de propagação de Covid”, afirma Girlene Lazáro. Já Dafne Orion, presidente do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, vê com preocupação as políticas de privatização do governo Bolsonaro. “Bolsonaro amplia a política de privatização iniciada no governo Temer. O presidente entrega empresas estatais de lucro bilionário, como correios e Eletrobras, aqueles que financiaram sua campanha em detrimento do povo brasileiro. Para se ter uma idéia, o que vamos pagar para vender a Eletrobras daria para comprá-la. Este é o pior projeto de privatização do país até o momento”, aponta Dafne Orion. Defesa da democracia também é pauta do protesto Presente no ato público, Paulão, deputado federal (PT/AL), condenou o discurso de Jair Bolsonaro exigindo o voto impresso nas eleições de 2022, e as investidas dos generais presentes no governo de pautar este tema no Congresso Nacional, afirmando que “diariamente Bolsonaro flerta com a ditadura e com o fascismo e hoje o povo está na rua pela democracia e contra a corrupção". Para o parlamentar petista, “o que trouxe o povo para rua é a defesa da vida. Bolsonaro nega a ciência onde deveria ser o líder nacional de combate a pandemia, ser o exemplo de liderança. Hoje no país temos mais de quinhentos mil mortos e não podemos ficar inertes e precisamos protestar, nos indignar e ir para as ruas. A luta é por vacina no braço e comida no prato para todos os brasileiros’. Ainda segundo Paulão, “é um absurdo esta proposta de voto impresso. Se a gente estivesse em plena democracia no Brasil, o general Braga Neto deveria estar preso como ocorreu na Argentina. É por isso que um ato deste precisa ter uma unidade política muito grande da esquerda e dos movimentos sociais, em defesa da democracia e das eleições em 2022”, afirma o deputado Paulão. Em relação ao voto impresso nas eleições de 2022, Elida Miranda, afirma que “é uma grande cortina de fumaça para encobrir a propina e a corrupção que é o que campeia neste governo. A urna eletrônica é segura e isto já foi comprovado em outras eleições. Esta pauta do voto impresso é mais um ataque à democracia brasileira”, alerta Elida Miranda.