Política

Moradores de Arapiraca vão às ruas pedir saída de Bolsonaro

Ato será realizado neste sábado (29), a partir das nove horas

Por Davi Salsa 28/05/2021 10h30
Moradores de Arapiraca vão às ruas pedir saída de Bolsonaro
Reprodução - Foto: Assessoria
  Em defesa da vida e de democracia, moradores de Arapiraca, a segunda maior cidade de Alagoas, vão às ruas neste sábado (29) realizar mais um ato contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os organizadores da manifestação revelam que o protesto é motivado pela ingerência no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a recusa da compra de insumos para a vacina da população brasileira por mais de dez vezes. Essa ingerência está sendo investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado da República. O ato "Fora, Bolsonaro", em Arapiraca, terá concentração na Praça Luiz Pereira Lima (antiga Praça da Prefeitura), a partir das 9 horas deste sábado. O protesto seguirá por diversas ruas do centro da cidade . Vale salientar que o movimento tem caráter popular, plural e é apoiado por diversas organizações, como a Unidade Popular (UP), que convocou e construiu o ato nacionalmente, usando o chamamento “Povo na Rua: #ForaBolsonaro”. Além da UP, estarão unidos na manifestação a UJR, a UJC, o PCB, a Juventude do PT e a Torcida Antifascista do ASA. “Há várias bandeiras por trás desse ato, mas a nossa maior é a da vida. Todas as pessoas que desejam um Brasil mais justo, humano, horizontal e com perspectiva de outras possibilidades de futuro é mais que bem-vindo para participar dessa manifestação”, diz um dos organizadores do ato local e militante da UP, que prefere manter seu nome em sigilo para não ter represálias. O jovem de 18 anos é ligado ao movimento estudantil — a Unidade Popular de Arapiraca — e pontua que este protesto é em si democrático, onde todos podem ir com suas ideologias, desde que em favor da vida. “O que estamos presenciando em nosso país é algo profundamente triste. Mas não podemos nos calar agora: 450 mil mortes por COVID-19, uma doença que já se tem vacina; o presidente zombando de nós fazendo motociata e aglomeração em plena pandemia; auxílio emergencial que não dá nem para comer; trabalhadores tendo que pegar ônibus lotado todos os dias para ir trabalhar, sem estarem devidamente vacinados; fechamento de universidades país adentro, por falta de verba; volta às aulas sem vacinação; desemprego subindo; inflação nas alturas; despejo na pandemia; projeto de lei que quer obrigar mulheres estupradas a manter a gestação; projeto de lei deixando a ‘boiada passar’ no que se refere ao licenciamento ambiental; a cada 4h, um negro morre violentamente; e a cada dia que se passa, especificamente nesse governo, os números de mortos por operações policiais só aumentam. Queremos virar essa página. Só nos resta escrever esse novo momento em nossa história de lutas. E a rua é o nosso papel pautado”, diz ele, que sonha em se formar em Direito quando as aulas em sua faculdade retornarem após esse período desafiador que todos estamos vivenciando. COMO PROTESTAR NA PANDEMIA Com relação à Covid-19 , ele ressalta que todos os manifestantes estão sendo orientados a seguir todos os cuidados e protocolos no combate à doença. Confira abaixo algumas dicas para participar do ato em Arapiraca de maneira segura, neste sábado (29) a partir das 9h: * Use máscara, de preferência a PFF2 ou N95; * Use óculos de proteção ou face shield; * Leve álcool gel 70% e use-o frequentemente; * Procure não tocar a própria face; * Vá em grupo (pessoas da mesma residência, por exemplo) e mantenha distância mínima de 1˜2 metros de outros grupos; * Evite interagir com pessoas fora do seu grupo; * Evite lugares mais cheios e fique longe de pessoas que não estão usando máscaras; * Permaneça em movimento; * Evite gritar — use cartazes e megafones; * Se você teve contato recente com alguém com Covid-19 , tiver sintomas ou morar com alguém do grupo de risco, fique em casa; * Se você usar transporte público até o local da manifestação, siga todos os cuidados acima e evite horários de pico — chegue cedo e saia antes do fim do ato; e * Monitore-se por 14 dias depois da manifestação e, a qualquer indício de Covid-19 , se isole e faça o teste.