Política

Sócio do grupo Boticário confronta Bolsonaro e diz que lockdown nacional é urgente

“Como não tivemos um acompanhamento correto e não conseguimos aprender ao longo do ano, não está sobrando outra alternativa neste momento a não ser fazer um lockdown”, disse sócio e vice-presidente do conselho de administração do Grupo Boticário, Artur Gr

Por Brasil 247 06/04/2021 09h52
Sócio do grupo Boticário confronta Bolsonaro e diz que lockdown nacional é urgente
Reprodução - Foto: Assessoria
O sócio e vice-presidente do conselho de administração do Grupo Boticário, Artur Grynbaum, criticou a inação do governo federal no combate ao coronavírus e, ao contrário de Jair Bolsonaro, defendeu a adoção de um lockdown nacional para conter o avanço da Covid-19 no Brasil. “Como não tivemos um acompanhamento correto e não conseguimos aprender ao longo do ano, não está sobrando outra alternativa neste momento a não ser fazer um lockdown”, disse Grynbaum ao jornal O Estado de S. Paulo. “Impedir a circulação de pessoas é algo abrupto, mas funciona muito principalmente pela mensagem que passa. Infelizmente, tem pessoas que não estão nem aí em relação a tudo isso. É alarmante. Você anda por alguns locais e o pessoal não está preocupado com aglomeração. A gente continua vendo festas clandestinas. Isso é um absurdo, um egoísmo muito grande das pessoas, que não olham o papel que têm de desempenhar frente a uma crise desse tamanho”, completou. Na entrevista, o empresário também criticou a falta de planejamento para a aquisição de vacinas e o ritmo lento da campanha de imunização. “Infelizmente, não fomos bem no planejamento, não fizemos a aquisição das vacinas no momento correto. Agora tem uma busca desenfreada para tentar comprá-las e todos temos esperança de que isso aconteça o mais rápido possível. Mas, com isso, tem todo um atropelo. Você vê uma diferença na velocidade de aplicação das vacinas entre os Estados”, afirmou. Para ele, “faltou uma união dos poderes federal, estaduais e municipais para fazer uma ampla frente, não só de combate, mas também desse processo de vacinação. O que tenho visto em outros países é que, por mais que haja divergências do ponto de vista político, neste momento essas divergências ficam de fora e a união se dá para resolver a questão da pandemia da melhor forma”. "Tivemos e continuamos tendo uma perda de tempo bastante importante”, emendou.