Política

Arapiraca perde 66% de representatividade feminina na Câmara

Apenas uma mulher vai ocupar cadeira no Legislativo Municipal

Por Davi Salsa 27/11/2020 13h55
Arapiraca perde 66% de representatividade feminina na Câmara
Reprodução - Foto: Assessoria
  As eleições este ano tiveram um resultado negativo para a representatividade feminina no Poder Legislativo em Arapiraca. Três cadeiras eram ocupadas por mulheres: Graça Lisboa (PSDB), que desistiu de disputar a reeleição, Gilvania Barros (Solidariedade), que foi derrotada na eleição à Prefeitura de Arapiraca, e Aurélia Fernandes (PSDB), reeleita com 2.034 votos pode ficar de fora com a entrada da Doutora Fany (MDB), que foi eleita com 1.690 votos e está com a candidatura sub judice, aguardando uma decisão da Justiça Eleitoral. Menos espaços Das 19 vagas disputadas este ano, para a Câmara de Vereadores de Arapiraca, 18 serão ocupadas por homens e apenas uma por mulher, com a manutenção de Aurélia ou a posse da Doutora Fany, ou seja, uma representatividade de 5,5%. Com isso, os números mostram uma redução de mais de 66% na representatividade feminina na Câmara Municipal de Arapiraca, que em 2016 elegeu três mulheres na disputa das 17 vagas para o Legislativo local, com uma representatividade de 18 % da classe feminina. Apesar do aumento para 19 vagas, na eleição deste ano, as mulheres deixaram de ocupar mais espaços na política na Capital do Agreste, que tem um contingente de 143.187 eleitores. Desse total, as mulheres são maioria com 55,1% dos eleitores do município. No último dia 15 de novembro, 115.778 arapiraquenses foram às urnas, com o registro de 108.043 votos válidos.Brancos e nulos somaram 7.735 votos. Apesar do prejuízo político para a classe feminina, por outro lado, Rute Nezinho (PL) foi eleita vice-prefeita na chapa de Luciano Barbosa com mais de 59 mil votos dos arapiraquenses. A diplomação de Luciano Barbosa e Rute Nezinho pode ocorrer no dia 17 de dezembro, mas também depende de uma decisão da Justiça Eleitoral. A candidatura de Barbosa está sub judice devido a uma ação movida pelo diretório estadual do MDB, que não aceitou o nome do atual vice-governador de Alagoas e prefeito eleito para a disputa. A expectativa é de que até a próxima quinta-feira (2) o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL) coloque o processo em votação e resolva o imbróglio envolvendo os vereadores eleitos e reeleitos. No caso da majoritária, se uma das parte recorrer, a decisão ainda caberá ao Pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.