Política

Começa o segundo turno em Maceió

Alfredo Gaspar e JHC devem manter estratégias do primeiro turno da eleição e apoio de Davi Davino Filho pode ser fiel da balança

Por Carlos Amaral com Tribuna Independente 17/11/2020 07h56
Começa o segundo turno em Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria
Após um acirrado primeiro turno, Alfredo Gaspar (MDB) e JHC (PSB) seguem na disputa pelo comando da Prefeitura de Maceió. A diferença de votos entre os dois foi de 1.181 votos e agora eles iniciam uma nova corrida até o dia 29 de novembro, data da votação do segundo turno do pleito deste ano. O emedebista obteve 110.234 votos contra 109.053 de seu adversário nessa reta final. A campanha eleitoral no primeiro turno se concentrou em três nomes. Além dos que passam ao segundo turno, quem quase pôs água no chope da dupla foi o deputado estadual Davi Davino Filho (PP), mas ele acabou por “morrer na praia”. Mesmo assim, seu apoio para as próximas duas semanas pode ser fator determinante para a definição do sucessor de Rui Palmeira (sem partido). Na avaliação do cientista político Ranulfo Paranhos, essa declaração é algo que deve ser feita com alguma agilidade. “Esse timing não pode demorar, é preciso fazer essa sinalização logo para não cometer o erro da Marina Silva em 2014”, comenta. Mas ao que parece, pelo menos no que depender do candidato, isso vai ocorrer. Em suas redes sociais, Davi Davino Filho agradeceu a votação recebida, pediu aos adversários que façam uma “campanha limpa” e não manifestou apoio a nenhum deles. Já Ranulfo Paranhos pondera que ainda mais importante que o apoio de Davi Davino Filho é saber quem o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Victor (Solidariedade) e o líder do PP, deputado federal Arthur Lira, apoiarão. CANDIDATOS Em entrevista à Rádio CBN, o ex-procurador-geral de Justiça garantiu que não mudará seu discurso para o segundo turno e que seus adversários são as questões as serem resolvidas na cidade de Maceió. “É a mesma plataforma. Sou um homem de um caminho só. Estou propondo Maceió ser uma cidade melhor e resolva o que a população precisa. Não busco adversários, meus adversários são os problemas de Maceió”, afirma o emedebista. Já JHC afirma que o sentimento do eleitorado da capital alagoana é de mudança. “O sentimento de mudança ficou evidente no resultado do 1º turno, com a população rejeitando de forma maciça o continuísmo representado pela campanha adversária. Vamos levar esse sentimento de mudança ao 2º turno e oferecer uma alternativa à continuidade da atual administração. Continuaremos fazendo isso de forma transparente, limpa e propositiva”, diz JHC. RÁDIO E TV A campanha eleitoral do segundo turno, propriamente dita, se inicia logo após a proclamação do resultado do primeiro turno. Porém, a propaganda eleitoral no rádio e na tevê tem início na próxima sexta-feira (20) e se estenderá até o dia 27 de novembro. O tempo de cada candidato será o mesmo, a partir de agora. Câmara Municipal de Maceió tem 14 novos parlamentares   Das 25 vagas em disputa, 14 passarão a ser ocupadas por novatos na Câmara de Vereadores de Maceió. Dos atuais 21 vereadores, apenas nove conseguiram se reeleger. O mais votado, com 12.038 votos, foi o delegado de Polícia Civil, Fábio Costa (PSB). O MDB foi o partido com mais eleitos: cinco. Em seguida, com três cada, estão PP, Podemos, PSB, PSD e PSC que conta, inclusive, com o atual vice-prefeito de Maceió, Marcelo Palmeira, entre seus eleitos. O PT volta à Casa de Mário Guimarães com Doutor Valmir Gomes. O PSDB elegeu Teca Nelma, filha da deputada federal Tereza Nelma. Ambos se juntam a Olívia Tenório (MDB), Aldo Loureiro (Progressistas), Joãozinho (Podemos), Gaby Ronalsa (DEM), Leonardo Dias (PSD), João Catunda (PSD), Marcelo Palmeira, Brivaldo Marques (PSC), Cal Moreira (PSC), Oliveira Lima (Republicamos), Fernando Hollanda (MDB) como os novatos da Casa. DE FORA Os vereadores que não se reelegeram foram: Fátima Santigado (PP), Cléber Costa (PSB), Aparecida do Luiz Pedro (PP), Simone Andrade (DEM), Lobão (MDB), Ib Brêda (MDB), Beto da Farmácia (Podemos) e Mauro Guedes (PSD), Ronaldo Luz (MDB) e Ana Hora (MDB).