Política

Vereador é investigado por compra de votos

Nelson Ned foi conduzido à Polícia Federal, em Jaraguá, para prestar esclarecimentos

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 13/11/2020 08h17
Vereador é investigado por compra de votos
Reprodução - Foto: Assessoria
Em busca de mais um mandato como vereador em Marechal Deodoro, José Wagner Costa da Silva, mais conhecido como Nelson Ned (PP) pode ter complicações com a Justiça Eleitoral. Ele, sua esposa Lívia Alcântara e outra pessoa foram conduzidos à Superintendência da Polícia Federal, no bairro de Jaraguá, em Maceió, sob suspeita de terem cometido crime eleitoral. O flagrante ocorreu na rodovia AL-101 Sul, na Barra Nova, povoado de Marechal Deodoro, e foi realizado por policiais da 5ª Companhia Independente. Os militares foram acionados e flagraram os envolvidos com uma quantia em dinheiro e santinhos dentro de um veículo. Segundo informações obtidas pela reportagem da Tribuna Independente, os policiais militares receberam uma denúncia de que estaria havendo compra de votos na região da Barra Nova, por ocupantes de um veículo Gol, de cor branca. Foi feita a abordagem e, no veículo, foram encontrados R$ 3.300 em espécie e santinhos. Outra informação veiculada na imprensa em Marechal Deodoro, é de que durante a ação policial, um tenente-coronel da PM teria sido acionado por Nelson Ned para tentar intimidar os policiais para que os suspeitos fossem liberados. Conforme resultado disponibilizado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em relação às eleições em 2012, Nelson Ned foi o vereador mais votado no município de Marechal Deodoro, em 2012. No último pleito municipal, o vereador que tenta, novamente, ser reeleito, ficou na quarta colocação. A reportagem da Tribuna Independente tentou buscar mais informações com a assessoria da Polícia Federal, para saber se Nelson Ned e os demais suspeitos já teriam sido liberados e o que poderia ocorrer com eles a partir da abordagem policial e investigação por compra de votos, mas até o fechamento desta edição não obteve êxito. NORMA ELEITORAL Desde o último sábado (31), nenhum candidato às eleições 2020 pode ser preso ou detido, a não ser em casos de flagrante. Segundo o Código Eleitoral, a imunidade para os concorrentes começa a valer 15 dias antes da eleição. Já eleitores não poderão ser presos cinco dias antes das eleições, ou seja, desde o último dia 10, exceto em flagrante delito; em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável; e por desrespeito a salvo-conduto.