Política

Autor de disparos contra Nivaldo Albuquerque foi assassinado em 2019

Outro envolvido no episódio, o taxista Josimário Francisco de Farias, foi morto a tiros na porta de sua casa; o deputado Antonio Albuquerque afirmou existir uma trama para lhe acusar do crime

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 22/10/2020 08h04
Autor de disparos contra Nivaldo Albuquerque foi assassinado em 2019
Reprodução - Foto: Assessoria
Um dia após o deputado Antonio Albuquerque (PTB) dizer em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), que o Tribunal de Justiça (TJ), o Ministério Público Estadual (MPE) e forças da segurança pública estariam tramando um complô para lhe imputar a morte de um dos envolvidos na tentativa de assassinato de seu filho, a Tribuna buscou maiores informações sobre a situação penal dos envolvidos no crime. O filho que foi vítima de uma tentativa de assassinato é o deputado federal Nivaldo Albuquerque (PTB), fato que ocorreu em 2012 em uma das fazendas da família do parlamentar. MORTO EM 2019 No processo referente ao caso que consta no portal do TJ/AL, aparecem como réus Anderson dos Santos da Cruz, José Francisco Silva e João Paulo Moura da Silva. Os três, segundo o processo no Tribunal de Justiça, acusados de roubo majorado. No entanto, Anderson ao ser preso, confessou, à época que atirou em Nivaldo Albuquerque por vingança. O filho de Antonio Albuquerque teria o agredido dias antes. Em setembro de 2019, Anderson foi encontrado com uma faca artesanal no pescoço dentro do sistema prisional alagoano. Por outro lado, José Francisco Silva foi absolvido, e já João Paulo ainda se encontra preso. Morto, Anderson teve extinta a sua punibilidade, como explica um trecho da sentença do juiz Geneir Marques de Carvalho Filho. “O Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor de José Francisco da Silva, João Paulo Moura da Silva e Anderson Santos da Cruz, todos com qualificação nos autos. O acusado José Francisco da Silva foi absolvido. Ocorre que o acusado Anderson Santos da Cruz faleceu, conforme se vê da certidão de óbito. O parquet pugnou pela extinção da punibilidade. É o que basta relatar, decido. Cobre-se a devolução da missiva para oitiva do réu João Paulo Moura da Silva, devendo os autos terem sua continuidade em face de tal pessoa acusada. Providências de praxe. Cumpra-se”. A reportagem da Tribuna tentou contato com os advogados dos réus para saber se foi aberta alguma investigação para apurar a morte de Anderson, mas até o fechamento desta edição não obteve êxito. À época da morte, os portais de notícias do estado deram que o motivo seria briga de gangues que disputavam o controle do tráfico dentro do sistema prisional. OUTRA MORTE O taxista que levou os envolvidos a fazenda de Nivaldo Albuquerque, Josimário Francisco de Farias foi assassinado a tiros na porta de sua casa, também em 2019. Ele tinha passagem pela polícia e chegou a se entregar após ser considerado foragido por ter participado da invasão da fazenda do deputado estadual Antônio Albuquerque. A TENTATIVA Nivaldo Albuquerque estava na propriedade rural da família, em Limoeiro de Anadia, quando foi atingido por disparos de arma de fogo.  Os acusados foram capturados em Canindé do São Francisco, município de Sergipe, Arapiraca, e Garanhuns, no estado de Pernambuco, pelas Polícias Civil de Alagoas, de Sergipe e de Pernambuco, após a concessão de medidas cautelares requeridas pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gecoc) e expedidas pelos Juízes integrantes da 17ª Vara Criminal da Capital.