Política

Servidora da Educação denuncia perseguição e corte salarial pelo prefeito de Capela

Micheline Borges desabafou nas redes sociais e acusa Adelminho Calheiros de fazer cortes no seu salário e lesar seus direitos desde o início da gestão

Por Redação 31/07/2020 10h29
Servidora da Educação denuncia perseguição e corte salarial pelo prefeito de Capela
Reprodução - Foto: Assessoria
Professora concursada há mais de 20 anos, Michelie Borges usou as redes sociais para desabafar sobre a perseguição política que ela afirma sofrer do atual prefeito da cidade, Adelminho Calheiros (MDB), desde o início do seu mandato. “O Plano de Cargos, Carreiras e Valorização do Profissional da Educação [PCCV] é uma lei municipal que assegura que o trabalhador que estiver desempenhando mandato em sindicato representativo da categoria, deve receber sua remuneração e direitos sem nenhum prejuízo. Porém, acabei de receber meu salário do mês de julho sem 1/6 das férias, o qual todos os professores recebem nesse mês, quando temos 15 dias de férias”, reclama a educadora. Micheline Borges é vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), núcleo Viçosa. Ela conta que logo no início do mandato, o prefeito cortou 15 horas que ela recebia há 17 anos. “Na época eu não recorri porque eram horas extras, mas mexeu muito no meu orçamento. Nunca nenhum outro prefeito fez algum corte nos meus vencimentos, mesmo sabendo que eu não era apoiadora, mas o atual gestor me persegue”, afirma. No ano de 2017, com o corte das horas, a professora conta que precisou fazer o pedido para dar apenas 50% das aulas e poder acompanhar seu filho com necessidades especiais. “Nunca tinha feito esse pedido porque com o que eu ganhava, dava para ter alguém em casa me ajudando. Porém, com o corte no salário e o desconto de um empréstimo que fiz na Caixa Econômica, precisei ficar mais tempo em casa. Então levei meu requerimento à Prefeitura com a lei anexada e fiz o pedido”, conta. Porém, no ano seguinte, Micheline Borges recebeu um ofício avisando que ela não poderia mais dar apenas 50% das aulas, pois era um direito de quem cumpria 40 horas semanais, o que não era o caso dela. “Ainda ameaçaram cortar o carro da Prefeitura que levava meu filho para o tratamento na APAE [Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais], em Maceió. Mas fiz uma publicação nas redes sociais e isso acabou não acontecendo. Meu filho continua tendo esse direito”, lembra. Hoje Micheline Borges atua na rede municipal e também como auxiliar de sala na rede estadual de ensino. “Atualmente a minha maior queixa é o corte de 1/6 de férias, pois preciso desse dinheiro para dar conta dos custos com meus 4 filhos. Sustento minha casa e a lei me assiste. Não vou me calar”, finalizou. Outro servidor a reclamar de cortes é Eduardo dos Santos Bezerra, que atua há mais de 20 anos na limpeza urbana da cidade. “Logo no início da gestão do atual prefeito, cortaram meu incentivo de 250 reais. No mês seguinte cortaram minha insalubridade, mas eu continuo atuando em uma área de risco. E agora em julho, descontaram 3 faltas no meu contracheque sem motivo nenhum. Falaram que eu estava de advertência, só que eu não assinei nada”, relata. Adelminho Calheiros comunicou à imprensa que para receber a resposta sobre a denúncia, é preciso ir até à Prefeitura de Capela protocolar a pergunta por escrito para que o jurídico responda.