Política

Governo se preocupa com descumprimento de decreto

Renan Filho fala em cancelar reabertura econômica se casos da doença voltarem a se agravar

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 28/07/2020 12h13
Governo se preocupa com descumprimento de decreto
Reprodução - Foto: Assessoria
O governador Renan Filho (MDB) parece que sentiu na pele os efeitos do distanciamento social controlado que vem sendo descumprido, principalmente, em Maceió e fez um alerta em suas redes sociais. Com a reabertura dos bares, restaurantes e praias, o que se viu foi ambiente com aglomerações e pessoas sem máscara. Ou seja, o decreto sendo deixado de lado às vistas das autoridades. Dessa maneira, o chefe do Executivo garantiu que pode cancelar a reabertura das atividades econômicas por conta desse relaxamento dos alagoanos. “É preciso que cada família e cada pessoa entenda que ainda não voltamos à normalidade. A situação em alagoas continua grave, mesmo com a estabilidade e até a redução dos números. Se eles voltarem a subir, também teremos que cancelar a reabertura das atividades econômicas”, destacou. Ele ainda ressaltou que a pandemia continua contagiando, provocando internamentos e mortes e que por isso é necessário manter os cuidados, sem relaxar. “O que está em jogo é a vida de cada alagoana e alagoano. As aglomerações, o desrespeito às normas sanitárias e a recusa em usar a máscara não tem justificativa. Infelizmente temos visto esse relaxamento na capital e no interior de Alagoas”, pontuou. A opinião do governador causou repercussão. À Tribuna, o presidente da Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio), Gilton Lima, a entidade continua realizando seu papel de instruir os empresários do setor e de promover ações que conscientizem a população. “Os empresários, ao mesmo tempo, investem em ações dentro dos seus espaços de consumo que sanitizem ao máximo o ambiente. Com a volta das atividades econômicas, é natural que o consumidor retorne a esses ambientes de comércio seguindo a lei que permitiu a reabertura gradual desses locais. A culpa não é da população, ela cumpre a lei e continua seguindo as normas, buscando evitar o contágio. Não podemos culpar uma coletividade pelo comportamento de uma minoria que, ao usar os espaços públicos ou privados, não observam as normas sanitárias”, disse.