Política

Bolsonaro reage ao STF e fala em tomar medidas legais para proteger seus aliados

Presidente reagiu, na noite de terça-feira (16), às quebras de sigilos fiscais de aliados

Por Brasil 247 17/06/2020 08h06
Bolsonaro reage ao STF e fala em tomar medidas legais para proteger seus aliados
Reprodução - Foto: Assessoria
Jair Bolsonaro anunciou que vai reagir e não "assistir calado" enquanto "direitos são violados e ideias são perseguidas", tentando demonstrar que ele e seus aliados são vítimas, quando foram precisamente eles que atacaram a Constituição e ameaçaram a democracia. Bolsonaro postou uma sequência de tweets às 22h30 desta terça-feira (16) afirmando que vai tomar "todas as medidas legais" para proteger seus aliados investigados pelo Supremo.

- Luto para fazer a minha parte, mas não posso assistir calado enquanto direitos são violados e ideias são perseguidas. Por isso, tomarei todas as medidas legais possíveis para proteger a Constituição e a liberdade do dos brasileiros. BRASIL ACIMA DE TUDO; DEUS ACIMA DE TODOS!

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 17, 2020 Você pode ler a sequencia de nove tweets de Bolsonaro clicando aqui. Na terça-feira, a Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão por investigação sobre manifestações antidemocráticas. Entre os alvos da operação policial estão dirigentes do partido Aliança pelo Brasil, que Bolsonaro pretende fundar, blogueiros, deputados e youtubers de extrema direita. Na segunda, a líder do "300 pelo Brasil", Sara Geromini (Winter) havia sido presa e houve ações contra mais cindo integrantes do grupo. O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a quebra do sigilo bancário de dez deputados federais e um senador bolsonaristas. Pela rede social, Bolsonaro se referiu às medidas do STF como "abusos". O relator do inquérito que investiga se air Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal, Celso de Mello, disse que é preciso resistir "com as armas legítimas da Constituição e das leis dos Estado brasileiro" e observou que, "sem juízes independentes, jamais haverá cidadãos livres neste País". Celso de Mello criticou a postura atrevida de não se cumprir ordens judiciais, numa alusão a Bolsonaro, informa o UOL.