Política

Pedido de prisão de Sara Winter está redigido na PGR

Militante bolsonarista, e seus parceiros, arrecadou dinheiro para treinamentos de táticas de guerra de informação para atacar ministros do STF e parlamentares do Congresso

Por Brasil 247 01/06/2020 08h38
Pedido de prisão de Sara Winter está redigido na PGR
Reprodução - Foto: Assessoria
Sara Winter, que lidera um grupo de bolsonaristas extremados, será alvo, nos próximos dias, de uma denúncia do Ministério Público Federal por ter ameaçado de morte o ministro do STF Alexandre de Moraes. Moraes é o relator do inquérito das fake news no STF e nessa condição assinou os mandados de busca da operação que mirou 29 alvos do esquema bolsonarista de fake news, na semana passada. Sara lidera um bando paramilitar que ensaiava coreografias musicais na frente do Supremo. Ela teve celulares e outros pertences apreendidos na ação. Depois disso, ela ameaçou Moraes: “Não vão me calar, de maneira nenhuma. Pelo contrário.. Pois agora..Pena que ele mora em São Paulo. Se morasse aqui já estava na frente da casa dele convidando para trocar soco comigo. Queria trocar soco com esse fdp, esse arrombado. Infelizmente, não posso. Pois me aguarde, sr. Alexandre de Moraes. Nunca mais vai ter paz na sua vida. Descobrir os lugares que o senhor frequenta. Vamos infernizar sua vida, até o senhor pedir para sair. Hoje o sr. tomou a pior decisão da sua vida”, diz Sara Winter no vídeo, gravado após a ação da PF na sua residência. Fontes da PGR, ouvidas pelo Radar, dizem que a procuradoria já cobrou o procurador encarregado do caso, no Distrito Federal, pela demora em apresentar a denúncia contra a militante bolsonarista e pedir providências. “A minuta do pedido de prisão preventiva dessa Sara Winter está até redigida aqui na PGR e já foi enviada ao procurador. A PGR aguarda apenas que o procurador tome providências”, diz um investigador à Radar.