Política

Prefeito pode ter rompido tornozeleira

Leopoldo Pedrosa, gestor do município de Maribondo, é considerado foragido e Justiça considera a sua conduta “reprovável”

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 13/03/2020 09h15
Prefeito pode ter rompido tornozeleira
Reprodução - Foto: Assessoria
O desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Washington Luiz, cassou uma liminar que permitia que o prefeito de Maribondo, Leopoldo Pedrosa (PP) passasse para prisão domiciliar, monitorado por uma tornozeleira eletrônica. O gestor está foragido. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), a suspeita é de que Leopoldo tenha rompido a tornozeleira eletrônica após ter conhecimento do mandado de prisão. Ele havia sido preso em dezembro do ano passado com uma pistola e um quilo de cocaína, tendo a sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, após decisão da juíza Clarissa Oliveira Mascarenhas, da 2ª Vara Cível de Arapiraca. Na época, a magistrada destacou que sua decisão seu deu pelo fato de que Leopoldo “tem conduta social reprovável, sendo de fácil verificação a extensa relação de processos pelos quais responde, processos que vão desde porte ilegal de arma de fogo, uso de documento falso, passando por crime de violência doméstica, até crime de homicídio”. Dias após a prisão, Leopoldo conseguiu na Justiça a substituição da prisão preventiva por domiciliar. Mas na última quarta-feira (11) o desembargador Washington Luiz revogou a decisão e decretou que o prefeito fosse levado para detenção em regime fechado. Em sua decisão, o desembargador corroborou com o que a juíza já havia destacado e em um dos trechos ressaltou que “A prisão preventiva do conduzido é, no presente momento, a única medida suficiente para garantir a ordem pública, tendo em vista que o preso é contumaz na prática de crimes graves, já tendo sido preso outras vezes. Por outra monta deve ser levado em consideração a quantidade e o tipo de substância entorpecente que fora apreendida em poder do réu. Soltá-lo, com certeza, será um incentivo a continuar praticando novos crimes, agredindo a paz social, a incolumidade das pessoas”. À Tribuna, o advogado Eraldo Malta, responsável pela defesa de Leopoldo, disse que está analisando a situação e que não iria passar mais informações, mas que no momento oportuno que tiver algo mais concreto irá expor. Leopoldo tinha um pedido de prisão temporária contra ele, pela suspeita de ter assassinado o corretor de imóveis Gerson Gomes que teve o corpo encontrado na zona rural de São Miguel dos Campos, em 2015. Ele ainda é réu em ação penal por lesão corporal contra sua ex-mulher e ex-sogra, em 2017, quando chegou até ser preso.