Política

Comerciários de Alagoas fazem ato público por equiparação salarial

Reivindicação se estende desde novembro do ano passado referente à data-base 2019/2020

Por Ana Paula Omena com Tribuna Hoje 10/01/2020 15h45
Comerciários de Alagoas fazem ato público por equiparação salarial
Reprodução - Foto: Assessoria
Cerca de 75 mil trabalhadores do comércio de Alagoas cobram equiparação do piso salarial com os demais estados brasileiros. Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio do Estado de Alagoas (Secea), Wagner Tavares, os valores pagos atualmente são de R$ 1.035,00 e do ticket alimentação R$ 50 por mês. Para chamar a atenção da sociedade e dos patrões do setor comerciário, aconteceu na manhã desta sexta-feira (10) um ato público na porta do supermercado G Barbosa no Stella Maris, mas não parou por aqui. “Na semana que vem, caso não haja sinalização patronal, iremos fazer novas manifestações”, avisou. Para se ter uma ideia, Wagner afirmou que o estado de Sergipe tem o piso salarial para o comerciário de R$ 1.190, sendo Alagoas o pior piso do Nordeste. No total são mais de 75 mil comerciários no estado e em Maceió pouco mais de dez mil. O ticket alimentação de Alagoas encontra-se no valor de R$ 50 em alguns estabelecimentos comerciais, em média R$ 2 por dia. Wagner não soube dizer qual seria a justificativa dos patrões pelo baixo valor pago aos empregados do comércio. “Até o momento não tivemos nenhuma reunião com os patrões”, pontuou. Outro ponto de pauta foi a MP 905 - Medida Provisória que cria o Programa Verde Amarelo (MP 905), editada pelo presidente Jair Bolsonaro em 11 de novembro de 2019, que traz diversas alterações na legislação trabalhista. Uma delas é a extinção da necessidade de registro profissional para algumas categorias. O Sindicato dos Empregados do Comércio do Estado de Alagoas (Secea) teve o apoio de membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo sindicalistas, a atividade de hoje se deve pela falta de interesse das empresas de negociar um aumento real. "São trinta anos de negociatas que só traziam prejuízos ao trabalhador. A prova disso é que hoje temos um dos piores pisos da categoria no nordeste. O ticket alimentação pago em Maceió é de R$ 50 e no interior R$ 40,00, os valores pagos são de alimentação é uma vergonha, isso não pode mais ocorrer, essa falta de respeito com a classe trabalhadora", disparou Dirceu Eloi, da CUT. "Assumimos o sindicato após 10 anos de luta e a nossa bandeira irá ser sempre a de trazer o melhor para classe comerciária e isso significa não permitir a perda de direitos. Novas atividades estão sendo planejadas e só iremos parar quando as empresas decidirem sentar para negociar", acrescentou. Negociação Aumento de 9% no salário base, para recuperação de perda dos últimos anos; Aumento de R$ 8 por dia para o ticket alimentação; Plano de saúde; Seguro de vida.