Política

Vereadores são absolvidos de acusação de fraude

Parlamentares de Santana do Ipanema foram alvos de ação do MPE em 2013

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 22/11/2019 11h00
Vereadores são absolvidos de acusação de fraude
Reprodução - Foto: Assessoria
A 17ª Vara Criminal da Capital absolveu ontem (21), os vereadores Genildo Bezerra da Silva (PL), mais conhecido como “Papa Tudo”, e José Vaz (PP), além de mais 12 ex-parlamentares, de Santana do Ipanema, que em 2013 haviam sido presos e denunciados por supostamente cometerem crimes de fraude à licitação, peculato, falsidade ideológica e formação de quadrilha. De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), à época, os vereadores teriam comprado combustível e alugado veículos desrespeitando a Lei de Licitações entre os anos de 2008 e 2012. Eles chegaram a ser apontados como responsáveis por desviar R$ 2.318.009,57 dos cofres públicos daquele Poder Legislativo. A própria 17ª Vara que determinou a prisão deles em 2013 decidiu seis anos após pela absolvição de todos. O advogado dos vereadores e ex-vereadores, Welton Roberto, conversou com a reportagem da Tribuna e explicou o caso. Segundo ele, o MPE entendeu de maneira equivocada que os vereadores estariam cometendo crimes contra a administração pública. “O MPE então entrou com uma denúncia, nós fizemos a resposta acusação também alegando que não existia nenhum crime, uma vez que tudo que os vereadores estavam gastando estava dentro da legislação municipal e da cotação de verba de gabinete. E saiu a sentença reconhecendo exatamente aquilo que a gente já tinha dito desde o começo e eles foram absolvidos de todas as acusações. Na época eu consegui a soltura deles junto ao TJ [Tribunal de Justiça] porque não tinha elemento para prisão, mas isso já tinha sido veiculado na mídia de forma até cinematográfica com todos os veículos de comunicação acompanhando a prisão deles e a cidade toda achando que eles eram ladrões e tudo mais”. Foram absolvidos os atuais vereadores Papa Tudo e José Vaz, além dos ex-parlamentares Luciano Gaia Nepomuceno, Gilmar França Nobre, Jaelson Rocha Lima, José Edson Magalhães, Afonso Benjamim Gaia Nepomuceno, Ademeildo Soares dos Santos, Adenílson Oliveira Silva, José Enaldo de Melo, Ana Cláudia Nunes, Eudes Vieira da Paixão, Kátia de Oliveira Barros Gaia e Josefa Eliana Silva Bezerra. O MPE foi procurado pela reportagem para saber se iriam recorrer da decisão, mas órgão disse que eles ainda não foram intimados da deliberação da 17ª Vara e que por enquanto o Gaeco não iria se pronunciar por não conhecer o teor.