Política

Judson Cabral critica privatização da Casal

Ex-parlamentar é primeiro do quadro do PDT a se opor ao projeto que está na ALE após partido deixar base de Renan Filho

Por Carlos Amaral com Tribuna Independente 29/10/2019 08h35
Judson Cabral critica privatização da Casal
Reprodução - Foto: Assessoria
O ex-deputado Judson Cabral é o primeiro quadro do PDT a criticar ação do Governo do Estado após o partido deixar a base de apoio do governador Renan Filho (MDB). Em vídeo que circula nas redes socais, o pedetista se posiciona contra a privatização da Casal. “Esse sistema pertence à sociedade e ao povo, e os trabalhadores foram responsáveis por sua construção. Portanto, vamos lutar contra mais uma aberração que o governo quer nos impor”, afirma o ex-parlamentar e presidente do diretório municipal de Maceió do PDT. À Tribuna, o presidente do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, Nestor Powell, já havia manifestado preocupação com a proposta. Na edição de 3 de outubro ele afirmou que “vemos com grande preocupação sim, porque entendemos que esse projeto inviabiliza a empresa a continuar prestando seus serviços, inclusive no interior, principalmente no interior”, comentou. “A questão do esgotamento sanitário é mais crítica. Essa a gente pode inclusive fazer um debate e ver qual a melhor alternativa, inclusive com as parcerias. Agora não dá para iniciativa privada entrar no sistema de distribuição de água, que já está pronto, apenas com o intuito do lucro. O objetivo é o lucro e aí a consequência do lucro a gente sabe que para se atingir isso tem o aumento nas tarifas”, completou o sindicalista. Na mesma edição, o secretário de Estado da Infraestrutura, Maurício Quintella, negou que o Governo do Estado queria privatizar a Casal. “As pessoas confundem uma coisa com a outra. Privatização é quando você vende a empresa, foi o que aconteceu com a Ceal que foi vendida para a Equatorial. A concessão é diferente. Você pega determinado serviço público ou parte dele, faz um leilão e depois esse ativo volta para o Estado”, garantiu o secretário. “Nós queremos universalizar Maceió em seis anos e toda região metropolitana em saneamento em 15 anos e em água em 10 anos. Mas ainda estamos na estruturação do projeto”, completou. Maurício Quintella também deu mais detalhes da ideia governamental para a empresa e quanto de recursos a concessão pode gerar aos cofres públicos. “Serão 35 anos de concessão, com investimentos durante todo o período. A gente precisa garantir uma outorga, ou seja, a Casal quando passa para a iniciativa privada a distribuição e a comercialização da água e do esgoto, esse serviço tem um valor. A Casal deverá receber uma outorga que a gente estima que seja no mínimo de R$ 250 milhões que vai para o caixa da Companhia para fazer investimentos”, explicou Maurício Quintella à Tribuna na edição de 3 de outubro.