Política

Eduardo Canuto afirma estar à disposição para 2020

Rui Palmeira já declarou querer nome do PSDB para sucedê-lo e atual secretário de Governo é uma das figuras mais próximas

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 12/10/2019 09h18
Eduardo Canuto afirma estar à disposição para 2020
Reprodução - Foto: Assessoria
Atualmente secretário de governo da gestão de Rui Palmeira e homem de confiança do prefeito, Eduardo Canuto pode vir a ser o nome do PSDB para a disputa pela prefeitura de Maceió no ano que vem. Em entrevista para a reportagem da Tribuna Independente, ele falou sobre esse assunto e sobre os desafios de retornar para a administração pública. Eduardo foi secretário de Esporte nas gestões de Ronaldo Lessa e Cícero Almeida. Tribuna Independente – Rui Palmeira negou qualquer possibilidade de apoio a JHC para a eleição à Prefeitura de Maceió e a qualquer nome fora do PSDB. Ao tempo que o senhor é muito próximo ao prefeito. É o nome do partido para 2020? Eduardo Canuto – Para eu lhe ser sincero, nunca houve do prefeito Rui Palmeira uma indicação disso, um aceno sequer. Acho que temos uma boa base de partidos aliados, temos o Democratas, o PP, o PROS. Enfim, temos uma grande conjunção de partidos. Acho que o prefeito com esses avanços do programa Nova Maceió, com esses recursos que estão nas nossas contas, com mais de 400 mil metros de pavimentos sendo licitados, com mais de 140 mil drenagens e rede coletoras de esgoto. Acho que, normalmente, um ano e meio – ou um pouco mais de um ano – para concluir a gestão, os governos têm meio que apagado as luzes, meio que o café servido frio, mas a Prefeitura tem dado um novo oxigênio. Aqui o ritmo de trabalho tem sido muito intenso e acredito que ele poderá fazer o sucessor porque estará bem avaliado. Rui é um cara extremamente correto, sério, íntegro, que tem trabalhado muito na gestão e a gente sabe que não é fácil administrar uma capital com mais de 1 milhão de habitantes. Há, dentro do PSDB, quadros bons. Temos deputada federal, vereadores, deputados estaduais e não existe dentro do grupo uma autofagia de quem será o nome. Não existe. Existe é um sentimento que somos um grupo, um partido. Estou preparado para ser vereador novamente. Você sabe que eu venho do segmento esportivo, foi o que me projetou, mas eu não poderia com quatro mandatos estar apenas com o esporte. A gente amplia essa linha de conhecimento e atuação. Acho que Rui saberá escolher o melhor nome. Portanto, que seja um nome que agregue todo o grupo. Mas não vejo, confesso, nenhuma discussão interna sobre quem será. Acho que o Rui tem uma boa base de aliados e nomes do próprio partido que goze de sua confiança. Tribuna Independente – Mas se houver um convite, aceita ir para a disputa? Eduardo Canuto – Eu sou um soldado. Estou no dia a dia da minha atividade e, naturalmente, sou candidato a vereador. Discutiremos em grupo, mas sou um soldado do partido e já demonstrei isso. Estou à disposição como, tenho certeza, todos os outros. Tribuna Independente – O senhor já havia sido secretário de Esporte nas gestões de Ronaldo Lessa e Cícero Almeida. Como foi retornar à administração pública agora com Rui Palmeira? Eduardo Canuto – Uma experiência desafiadora. Fiquei surpreso quando soube que também teria a atribuição da Defesa Civil, porque a gente vivia essas dificuldades dos bairros atingidos pelas rachaduras. A Secretaria de Governo tem de juntar as pastas, definir as atuações integradas. Ela tem um papel, diria, similar ao do Gabinete Civil do Governo do Estado. Faz a interlocução das secretarias, trata politicamente das políticas públicas e também atende as demandas da necessidade da sociedade de forma mais célere. É importante nesse processo é que se consiga fazer uma interlocução muito boa, além de fazer a política com a Câmara, junto nossa bancada de sustentação. E não podemos nos furtar de dizer que a Câmara tem sido parceira, através do presidente Kelmann Vieira [PSDB]. Tribuna Independente – Sua pasta cumpre o papel de deixar o Poder Executivo a par dos projetos na Câmara Municipal. Como atua nessa relação entre os poderes? Eduardo Canuto – Sempre que tem um projeto importante, a gente convoca a base e instrumentaliza o nosso líder Samyr Malta, o líder do PSDB, Zé Márcio Filho, e, naturalmente, o presidente da Casa e toda nossa bancada. Então, sempre que tem uma matéria mais complexa, a gente os convida à Prefeitura para que se tenha celeridade quando o projeto chegar à Câmara. Entendo a nossa relação assim, a Câmara tem 21 vereadores e, comigo aqui, passou a ter 22. Tento ser um vereador dentro da estrutura do Poder Executivo, trabalhando para minimizar obstáculos no parlamento. Tribuna Independente – O senhor considera essa situação dos bairros atingidos pelas rachaduras o principal desafio da gestão do prefeito Rui Palmeira? Eduardo Canuto – A Prefeitura de Maceió tem que cuidar da cidade como um todo. Somos a instituição mais próxima da sociedade, na questão da limpeza urbana, na questão do servidor, do ambulante, na questão do transito, da segurança comunitária, da área de controle e convívio social. Então, há um ritmo de trabalho aqui muito intenso, boa parte do secretariado e servidores trabalham de domingo a domingo por essas atribuições. O Pinheiro, Mutange, Bebedouro – agora o Pau D’Arco – têm uma atuação que necessita da integração de todos, mas que tem sido uma atuação à parte. Nós tratamos da cidade de Maceió como um todo e nós tratamos de um polígono que hoje passa por uma fase muito complexa em termos de geologia. Ela é tida como o mais complexo caso de geologia do Brasil e o sexto no mundo. Então, assim a Prefeitura tem atuado, tem sido protagonista nesse assunto com o apoio das instituições de controle e fiscalização, da Defensoria Pública, dos ministérios públicos Estadual e Federal e o próprio Governo Federal que, na Defesa Civil nacional, tem sido um grande parceiro nosso aqui em Maceió.