Política

Candidatos denunciam violação em concurso do Tribunal de Justiça de Alagoas

Envelopes com provas para juiz substituto teriam sido rasgados e trocados de sala

Por Jairo Silva com Tribuna Independente 08/10/2019 08h39
Candidatos denunciam violação em concurso do Tribunal de Justiça de Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
Poucas horas após a realização das provas do concurso promovido pelo Poder Judiciário de Alagoas (TJ/AL) no domingo (6) para o preenchimento de 20 vagas de juiz substituto, candidatos que participaram da prova escrita relataram irregularidades em dois locais de aplicação de provas: Colégio Santa Úrsula e na Universidade Tiradentes (Unit). Segundo um dos candidatos, em mensagens nas redes sociais, “na sala 92 da Unit o saco onde estavam às provas chegou rasgado. Quando questionamos foi dito que aquele ‘rasgo’ aconteceu porque a coordenadora de provas tropeçou e rasgou o envelope”. De acordo com o candidato, após a constatação do problema, a coordenadora de afirmou “que estava tudo certo”. Em outro relato, ocorrido no Colégio Santa Úrsula, se diz que “trocaram os envelopes das salas 166 e 167”. Em ambos os casos, os candidatos afirmam terem pedido o registro em ata do ocorrido pelos fiscais do concurso. “Pedimos para constar em ata um milhão de vezes”. Ouvido pela reportagem da Tribuna Independente, o juiz Ygor Vieira de Figueiredo, coordenador da Comissão do Concurso afirma que já solicitou informações oficiais à Fundação Carlos Chagas, organizadora do certame. “Até o momento ainda não nos foi relatado oficialmente nenhum incidente no dia da realização das provas”. Sobre mensagens que circulam nas redes sociais, ele diz que estranhou, “pois isto não tinha sido relatado quando estivemos lá no local de provas”. Até o momento, o juiz possui apenas o relato informal da instituição. “Quando questionei a FCC sobre o que houve, eles me disseram que foi um incidente ocasional, pois na hora de rompimento do lacre das provas 03 candidatos estavam lá para verificar e que, no transporte do envelope da prova deste local para a sala de aplicação, um dos envelopes havia caído e feito uma abertura, não suficiente para a retirada de uma prova”, aponta o juiz Ygor Vieira. Para ele, o fato de a embalagem das provas estar rasgado não inviabiliza a realização do concurso. “Pelo que consta no edital, o envelope não é um mecanismo de segurança. O mecanismo de segurança é o lacre e os candidatos estavam na sala no momento do rompimento do lacre, onde é feito uma ata. A comissão inclusive compareceu depois na Unit e nada foi relatado lá”, contesta o juiz.