Política

Pinheiro: município aguarda retorno de solicitações encaminhadas ao governo

Segundo o prefeito Rui Palmeira, o Palácio República dos Palmares não responde às demandas apresentadas pela Prefeitura de Maceió

Por Carlos Amaral com Tribuna Independente 03/09/2019 09h07
Pinheiro: município aguarda retorno de solicitações encaminhadas ao governo
Reprodução - Foto: Assessoria
O prefeito Rui Palmeira não poupou críticas ao Governo do Estado ao falar sobre ações voltadas à população dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro. Segundo ele, o Palácio República dos Palmares não responde às demandas apresentadas pela Prefeitura de Maceió. “Eu não tenho mais o que falar do Governo de Alagoas, a gente já solicitou o que podia. Infelizmente não há respostas, não há uma efetivação de apoio para a população do Mutange, Pinheiro e Bebedouro”, afirma Rui Palmeira. Ainda de acordo com ele, na última semana um ofício no qual o Município de Maceió abre mão de sua parcela do ICMS e do IPVA para ajudar as famílias dos bairros afetados pelas rachaduras foi encaminhado direto ao governador Renan Filho (MDB). “Para facilitar a vida do governador e do Governo do Estado, semana passada eu assinei mais um ofício endereçado ao governador – espero que agora ele responda – abrindo mão da parte que cabe ao Município do ICMS e IPVA. [Fiz porque] ouvi uma entrevista de algum burocrata do Governo dizendo que ainda não concedeu a isenção desses tributos porque o Município não teria aberto mão de sua parte. Maceió já abriu mão de sua parte do ICMS e IPVA e espera que o Governo se mexa ao menos para isso”, diz Rui Palmeira. A Tribuna contatou a assessoria do Gabinete Civil que, por meio de nota, garantiu que as demandas da população dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro serão atendidas, mas que é preciso avaliar as melhores maneiras. O órgão ressalta que no último dia 22 se reuniu com representantes dos bairros e recebeu relatório sobre as questões mais urgentes para moradores e empresários dessas localidades. RETORNO Um novo estudo para avaliar a possibilidade de retorno dos moradores do bairro Pinheiro foi pedido à CPRM. Segundo o prefeito Rui Palmeira, o orçamento apresentado pelo órgão ficou entre R$ 15 e R$ 18 milhões, mas ainda não há autorização do Governo Federal. “Para a União isso é pouco e a população não pode ficar esperando eternamente, até porque a Braskem tem conseguido vitórias nos tribunais superiores. Pedimos às autoridades federais para liberarem parte do recurso para a CPRM e iniciar os estudos”, relata Rui Palmeira. BOM PARTO Além de um estudo para avaliar a possibilidade de retorno dos moradores do Pinheiro, a Prefeitura também quer que a CPRM avalie a situação do Bom Parto. Algumas casas do bairro começaram a rachar e não se sabe se as causas são as mesmas dos outros três bairros. “Outro pedido foi para iniciar estudo no Bom Parto, que pode estar apresentando problemas semelhantes a Pinheiro, Mutange e Bebedouro. Ainda não há comprovação, mas indícios que levam a Defesa Civil do Município a crer se tratar do mesmo fenômeno”, comenta Rui Palmeira.