Política

Renan Filho quer estados na reforma da Previdência

Além do governador de Alagoas, demais também defendem permanência nas novas regras; municípios também

Por Carlos Amaral com Tribuna Independente 07/06/2019 08h04
Renan Filho quer estados na reforma da Previdência
Reprodução - Foto: Assessoria
O governador Renan Filho (MDB) é contra a retirada dos estados da reforma da Previdência. A proposta surgiu há alguns dias e chegou a ser cogitada pelo ministro da Economia Paulo Guedes, mas foi rechaçada por governadores. Entre eles, o de Alagoas. Ainda na quarta-feira (5), Renan Filho participou em Brasília de uma reunião com a bancada do MDB e os governadores do partido. Ele foi uma das principais vozes em defesa da permanência dos estados na reforma. O argumento de quem defende retirá-los – juntamente com os municípios – é o do desgaste político que sua aprovação pode gerar. Renan Filho defende a reforma da Previdência, mas tem enfatizado que ela não pode “prejudicar o mais pobre”, como deixou claro em suas redes sociais nesta quarta. Em linhas gerais, o chefe do Poder Executivo alagoano quer que se faça uma reforma e que ela seja universal entre os entes federados, mas não necessariamente, a íntegra da proposta do Palácio do Planalto. A Tribuna tentou saber do governador mais detalhes de suas razões para defender a permanência dos estados na reforma, mas até o fechamento desta edição sem sucesso. Em carta divulgada nesta quinta (6), os governadores afirmam que retirar os estados da reforma “não apenas representa atraso e obstáculo à efetivação de normas cada vez mais necessárias, mas também suscita preocupações acerca da falta de uniformidade no tocante aos critérios de Previdência a serem observados no território nacional”. MUNICÍPIOS Assim como os governadores, os prefeitos também se levantaram contra a retirada dos municípios da reforma da Previdência. Em carta, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta as mesmas dificuldades dos estados. Hugo Wanderley (MDB), presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), assina o documento. Segundo a CNM, “estimativas apontam uma redução de despesa de R$ 41 bilhões em quatro anos e R$ 170 bilhões em dez anos com aposentadorias e pensões para os 2.108 Municípios com Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Levantamento feito pela entidade mostra que a redução de custos possível, caso haja a reforma, poderá motivar os demais Municípios a adotarem o RPPS [Regime Próprio de Previdência Social]”.