Política

CAU defende que prédios abandonados sejam transformados em moradia para população carente

Levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente registrou quase 370 imóveis abandonados em Maceió

Por Thayanne Magalhães 30/05/2019 11h25
CAU defende que prédios abandonados sejam transformados em moradia para população carente
Reprodução - Foto: Assessoria
Maceió possui 368 imóveis abandonados, sendo 333 imóveis construídos e 35 terrenos. O levantamento é da Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet) e está relacionado ao ano de 2018. Durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Vereadores, o tema foi debatido com intuito de se encontrar uma solução viável para estes imóveis. Para o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Alagoas (CAU/AL), Heitor Maia, falta interesse pública para solucionar o problema. “O poder público deveria desapropriar esses imóveis, públicos e privados, e entregar para a população de baixa renda. Nós defendemos o uso social desses prédios”, defendeu. [caption id="attachment_303667" align="aligncenter" width="640"] Presidente do CAU/AL defende a entrega dos imóveis abandonados para a população carente (Foto: Sandro Lima)[/caption] Maia ainda destacou os riscos gerados para a população com o abandono desses locais. “Existe os riscos de incêndios, desabamentos e a utilização desses locais para consumo de drogas. É preciso cadastrar os prédios públicos abandonados para que sejam ocupados. Precisa ter uma função útil para a sociedade, passar por adaptações e melhorar a aparência dos centros urbanos”, continuou. A Sedet notificou os proprietários. Ficou constatado que alguns desses imóveis servem como ponto para o tráfico de drogas e moradias para população de rua. A proliferação de doenças causadas por roedores, animais peçonhentos e principalmente o mosquito Aedes aegypti também preocupam. O Vereador Cleber Costa, proponente da audiência, convidou, em nome da Câmara, o Secretário Adjunto Especial de Defesa Civil, Dinário Lemos; o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (CREA-AL), Fernando Dacal; a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet) Rosa Maria Barros Tenório, o procurador-chefe do Ministério Público Estadual Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, Heitor Antônio Maia da Silva Dorese e a superintendente do Patrimônio da União de Alagoas, Fabrícia Costa Soares. Agora eles formam um grupo denominado “requalifica” para colocar em prática as ideias que foram apresentadas durante a audiência. Uma reunião será marcada na Sedet, mas ainda sem data.