Política

Renan Filho nomeia mais dois secretários

Fábio Farias retorna ao Gabinente Civil e Cecília Rocha assume Ciência e Tecnologia

Por Carlos Amaral com Tribuna Independente 18/04/2019 08h10
Renan Filho nomeia mais dois secretários
Reprodução - Foto: Assessoria
O governador Renan Filho (MDB) nomeou, na quarta-feira (17), aqueles que podem ser os últimos dois nomes de sua reforma administrativa, cuja conclusão – se for o caso – levou 106 dias para terminar. São eles: Fábio Farias (MDB), de volta ao Gabinete Civil; e Cecília Rocha (PRTB), primeira-dama de Pilar, para a Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti). Fábio Farias ocupou o Gabinete Civil entre janeiro de 2015 e abril de 2018, quando saiu, segundo bastidores, para ser candidato nas últimas eleições. Especulava-se que, inclusive, poderia ser o vice de Renan Filho na busca pela reeleição. Noutro momento de que seria candidato a deputado federal ou mesmo suplente do senador Renan Calheiros (MDB), mas ele não disputou o pleito. Desde o início do ano seu nome era ventilado para voltar ao cargo, o que se concretizou na quarta. Já Cecília Rocha entra na conta de ampliação de forças políticas no espectro de aliados na base do governador. Seu partido, o PRTB, possui quatro deputados na Assembleia Legislativa Estadual (ALE). Contudo, ela deve disputar a Prefeitura de Atalaia e, portanto, ficar pouco menos de um ano à frente da Secti. Para cumprir a legislação eleitoral, a nova secretária de Estado precisa deixar o posto em abril de 2020. A reportagem buscou contato com Fábio Farias, mas sem sucesso. Já com Cecília Rocha não foi possível o contato, mas em suas redes sociais ela agradeceu ao governador Renan Filho pela nomeação. “Só tenho a agradecer a confiança de colocar em minhas mãos essa pasta e de acreditar em meu trabalho”, diz a nova titular da Ciência, Tecnologia e Inovação. A Tribuna também buscou saber do governador os motivos que o levaram a optar pela volta de Fábio Farias ao Gabinete Civil e de Cecília Rocha na Secti, mas até o fechamento desta edição não houve resposta. Renan Filho, segundo sua assessoria, está em Brasília. Os novos secretários serão empossados na segunda-feira (22). Reforma tem retornos e novos nomes   Fábio Farias não é o único retorno ao time de secretários de Renan Filho. Além dele há também Alexandre Ayres, que deixou a Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e retornou para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau); Fernando Pereira (MDB), que deixou a Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) e voltou para a Semarh; e Mellina Freitas (MDB), que deixou e retornou à Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Entre os novos estão Maurício Quintella (PR) e Ronaldo Lessa (PDT), ambos assumiram a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), respectivamente. ELEIÇÕES [caption id="attachment_294599" align="alignleft" width="300"] Cecília Rocha é indicação do PRTB e pode sair candidata em 2020 (Foto: Reprodução)[/caption] Dos nomes recém-nomeados nas secretarias, ao menos quatro podem disputar as eleições municipais em 2020. Além de Cecília Rocha, em Atalaia; Fernando Pereira deve concorrer ao cargo de prefeito em São Miguel dos Campos; e Maurício Quintella e Ronaldo Lessa podem ser nome do grupo palaciano à Prefeitura de Maceió. Ronaldo Lessa tem ainda um adendo. Ele mantém boas relações com Rui Palmeira (PSDB) e, a depender do desenrolar dos bastidores políticos, ser o nome do atual titular do Poder Executivo maceioense. O pedetista já reclamou, inclusive, das dificuldades em nomear sua equipe para a Seagri. Além disso, o partido deve sair da Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsal). Lailson Gomes, seu atual diretor-presidente, renunciou ao cargo no último dia 10 e aguarda uma reposta do governador. À Tribuna, na edição de 12 de abril, Lailson Gomes revelou que o próprio Renan Filho lhe pediu o espaço para acomodar as forças políticas aliadas de seu governo. “Tenho mandato na Arsal até 2021, mas por conta de o PDT estar na Secretaria de Agricultura e o governador ter me dito que precisava do espaço para discutir com outras forças políticas, resolvi deixá-lo à vontade e colocar o cargo à disposição. Estou à espera da resposta”, disse o diretor-presidente da Arsal à Tribuna.