Política

Lei Delegada divide opinião de deputados

Parlamentares aguardam envio da proposta de Renan Filho, no entanto entendem que Executivo não poderia delegar ao Legislativo

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 21/02/2019 08h04
Lei Delegada divide opinião de deputados
Reprodução - Foto: Assessoria
Um dia após a ida do governador Renan Filho (MDB) à Assembleia Legislativa do Estado (ALE) para fazer a leitura da mensagem anual que abre os trabalhos legislativos deste biênio, deputados repercutiram a passagem do chefe do Executivo pela Casa de Tavares Bastos, como também sobre a possibilidade do envio da Lei Delegada por parte do governo para apreciação dos parlamentares. À Tribuna, Renan Filho havia dito que ainda iria conversar com os deputados e também internamente com o secretário de planejamento e a governança para checar se há necessidade do envio da Lei Delegada e confirmou que tinha conversado sobre o assunto com o presidente da Casa, deputado Marcelo Victor (SD), mas que ainda estava avaliando o assunto. A reportagem então questionou o presidente da ALE existe a necessidade de uma Lei Delegada para reformas na máquina pública. Marcelo Victor disse que o governador Renan Filho, num gesto de atenção, apenas disse que está examinando internamente o melhor caminho a ser trilhado. “Disse a ele que o sentimento do Poder Legislativo é o de contribuir positivamente para que Alagoas se desenvolva cada vez mais. No mais, reitero a posição de que não é adequado ao presidente do Poder Legislativo se imiscuir em temas inerentes ao âmbito de decisão de outro Poder”. MUDANÇA O deputado Davi Maia avaliou a ida do governador Renan Filho à Assembleia, destacando a mudança de postura do chefe do Executivo perante aos parlamentares. “Acho que ele sentiu a fragilidade no parlamento. Como os deputados estão descontentes, especialmente depois de uma eleição que foi avassaladora e a forma como ele trata os aliados é muito ruim. Acho que ele ontem foi pra Assembleia com outra postura diferente daquela que a gente está acostumado”. Sobre a Lei Delegada, o parlamentar disse achar um absurdo e explicou que o parlamento existe justamente para não delegar lei. No entanto, salientou que é necessário uma reforma administrativa.