Política

Renan Calheiros volta a criticar decisão de ministro

Senador atacou o magistrado em suas redes sociais ontem (26)

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 27/12/2018 09h24
Renan Calheiros volta a criticar decisão de ministro
Reprodução - Foto: Assessoria
No último dia 19, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu – em ação do senador Lasier Martin (PSD-RS) – que a votação para a presidência do Senado seja aberta, mudando o regimento interno da Casa. Contrário à medida, o senador Renan Calheiros (MDB) atacou o magistrado em suas redes sociais ontem (26). “O Ministro Marco Aurélio continua o de sempre. Monocraticamente, mandou proibir voto secreto na eleição para Presidente do Senado que ocorrerá em 1º de fevereiro. Ministro do STF é 1/11 avos da nossa liberdade e da Constituição”, diz o emedebista que deve ser candidato no pleito, em fevereiro de 2019. Renan Calheiros não confirma nem nega disputar, mais uma vez, a presidência do Senado. “De novo, Marco Aurélio concede liminar que espanca o Senado, proibindo voto secreto na eleição da Presidente. Competência exclusiva e regimental da Casa, como estabelece a Constituição. Ora, voto secreto para eleição de presidente é pressuposto universal, na eleição popular de qualquer país ou de qualquer parlamento, no STF, TCU, STJ, MPF, OAB, CNI, sindicato de trabalhador ou patronal, no Flamengo, Botafogo, Corinthians, CSA, CRB... em qualquer lugar. Senão, haverá influência do poder político ou econômico, ou dos dois. O que o Ministro tem contra a separação dos Poderes? Contra a Constituição? E contra mim?”, completa. Ele também ressalta que Marco Aurélio Mello já decidiu tirá-lo do comando do Senado Federal. “Tentou me afastar da Presidência da Casa por liminar, a 12 dias do término do mandato. Por quê? A pedido de Janot tornaram-me réu – não sou mais, ganhamos por unanimidade – por peculato (e sequer havia dinheiro público), por haver contratado empresa fantasma para o escritório do Senado no Estado e pago em espécie, sacada no banco para tal. Fez isso por política, para rebaixar o Poder Legislativo”, afirma Renan Calheiros.