Política

Aquecimento global é secundário, diz futuro ministro do Meio Ambiente

Ricardo Salles disse que discussão sobre o tema é inócua e que pretende priorizar ‘questões tangíveis de preservação ambiental’

Por Brasil 247 10/12/2018 08h18
Aquecimento global é secundário, diz futuro ministro do Meio Ambiente
Reprodução - Foto: Assessoria
O advogado Ricardo Salles (Partido Novo), indicado para assumir a pasta do Meio Ambiente, disse que a discussão sobre aquecimento global é inócua e que pretende priorizar "questões tangíveis de preservação ambiental". Ex-secretário do Meio Ambiente de São Paulo no governo Alckmin (PSDB), Salles é réu por improbidade administrativa. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o futuro ministro do Meio Ambiente falou sobre Ibama, licenciamento e crescimento econômico. Sobre este último, ele diz: Ele falou sobre o que ele chama de "indústria de multas": "existe uma proliferação de multas. Muitas delas, lá na frente, depois de analisado o devido processo legal, mostram-se insubsistentes e acabam atrapalhando a vida do setor privado. Neste momento, vamos rever, analisar, deixar claro qual é o devido processo legal, o marco regulatório aplicável, e daí por diante verificar se a observância está sendo cumprida. Há um sentimento de toda a sociedade brasileira de que, a despeito da existência dessas regras, muitas das autuações são feitas por caráter ideológico do que efetivamente jurídico, e isso não pode acontecer. Vamos checar se realmente as premissas estão acontecendo ou não." O exemplo que Salles encontra para explicar o que seria a questão "ideológica" no Ministério, é o de Bolsonaro com uma vara de pesca: "Presta atenção [sic]. Ele não foi multado por pescar. Ele foi multado porque estava com uma vara de pesca. O fiscal presumiu que ele estava pescando. Então, veja bem, o exemplo que você deu já mostra como a questão ideológica permeia a atuação estatal nesses casos. É preciso ter muito equilíbrio antes de rotular."