Política

Alagoas está entre os estados menos desiguais, aponta ONG

Contudo, Índice de Gini do estado tem aumentado e atingiu 0,530 em 2017

Por Tribuna Independente 29/11/2018 08h12
Alagoas está entre os  estados menos desiguais, aponta ONG
Reprodução - Foto: Assessoria
Alagoas possui as menores rendas do país, seus 10% mais ricos têm rendimento bem menor que os mais abastados de outros estados, como Pernambuco, por exemplo. Já os 10% mais pobres do estado têm as rendas mais baixas do Brasil. Contudo, ficou menos desigual nos últimos anos. Segundo dados do “País estagnado: um retrato das desigualdades brasileiras – 2018”, lançado na segunda-feira (27), pela Organização Não Governamental (ONG) Oxfam Brasil, com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua de 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a renda média dos 10% mais ricos de Alagoas é de R$ 4.669,00, enquanto a dos 50% mais pobres é de R$ 341,00 – 35,7% do valor de um salário mínimo: R$ 954,00. Já em Pernambuco, citado acima, os 10% mais ricos possuem renda média perto de R$ 6 mil; os mais pobres R$ 341,00, como Alagoas. “Além do Distrito Federal [DF], Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Roraima formam o conjunto das cinco UFs mais desiguais do país, as duas últimas com capitais marcadamente mais ricas que seus interiores, o que explica em boa medida tais desigualdades. Por outro lado, Santa Catarina, Rondônia, Mato Grosso, Goiás e Alagoas são os estados menos desiguais, ainda que as rendas per capita sejam bastante diferentes”, diz o documento da Oxfam Brasil. De acordo com o documento, o DF possui o maior Índice de Gini do país, com 0,5618, e possui a maior renda média. Segundo a Oxfam Brasil, isso se deve à concentração dessa riqueza no Plano Piloto de Brasília, onde os rendimentos médios superam cinco salários mínimos. BRASIL 1% De acordo com a Oxfam Brasil, o país está atrás somente do Catar em matéria de concentração de renda pelo 1% mais rico: 29% no país árabe e 28% aqui. GINI Se na disparidade das rendas médias entre ricos e pobres Alagoas figura entre os menos desiguais, seu Índice Gini – quanto mais perto de 1 pior – tem aumentado nos últimos anos. Segundo o IBGE, em 2017 o estado pontuou em 0,530 contra 0,526 de 2016. Em 2015 foi 0,480.  De acordo com a Oxfam Brasil, o país passa pela primeira estagnação do índice em 15 anos.