Política

Eleito senador, Rodrigo decide por neutralidade

Tucano não vota em Jair Bolsonaro, nem em Haddad, e critica propostas de ambos

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 17/10/2018 08h27
Eleito senador, Rodrigo decide por neutralidade
Reprodução - Foto: Assessoria
O deputado estadual e senador eleito, Rodrigo Cunha (PSDB), enfim se posicionou sobre o segundo turno presidencial. Ele decidiu que vai se manter neutro, sem fazer campanha para Fernando Haddad (PT), nem Jair Bolsonaro (PSL). O posicionamento foi dado durante entrevista para o programa Frente a Frente da TV Assembleia. Entre os assuntos abordados, um deles foi o resultado nas urnas para seu partido. Ele entende que a questão partidária hoje é muito complicada de se discutir. “O meu próprio partido acredito que tem que ser rediscutido, se não refundado, porque há uma divisão muito grande. Não sei agora com essas novas cabeças chegando no Congresso [Nacional] de como as discussões serão dadas. Mas, é necessário repensar algumas posturas, sabendo que não deu certo, inclusive eleitoralmente com o resultado dado nas urnas. Precisamos fazer com que as pessoas se sintam representadas e hoje infelizmente não só por partidos.  A gente percebe que cada vez mais que uma pessoa defende o partidário você acaba se afastando do próprio respeito ao outro. Um partido como é o PSDB que é de linha de Centro, que busca justamente não ser radical, nem de esquerda, nem de direita, que hoje a gente não perca o tempo querendo responder as pessoas se sou de esquerda ou se sou de direita, nós precisamos ir para frente”. Para justificar a escolha de se manter neutro na disputa presidencial, o senador eleito disse não se sentir representado por nenhum dos dois nomes, ressaltando que no Senado vai executar o papel de mediador e conciliador. Rodrigo Cunha destaca pontos que o afastam dos candidatos a presidente, sem fazer referência a Fernando Haddad e Bolsonaro. “Minha tendência política é mais Centro mesmo. Quando a gente vê hoje a direita pregando o liberalismo, sou a favor de muitos pontos, não há duvida, mas tem um excesso um discurso que não combina com o Rodrigo, um discurso de falta de respeito a algumas classes sociais. Alguns segmentos da sociedade. O incentivo ao ódio em algumas situações, não é minha cara. Do outro lado não posso fechar os olhos a uma das minhas principais bandeiras que é o combate a corrupção. O que vejo é que se perdeu a chance de discutir o Brasil”, argumentou Rodrigo Cunha durante a entrevista.