Política
ONU se diz 'profundamente preocupada' com violência na eleição brasileira
A ONU diz "profundamente preocupada" com o clima de violência nas eleições brasileiras e pede que líderes políticos nacionais condenem explicitamente tais atos. Numa declaração emitida nesta sexta-feira, 12, em Genebra, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos deixou claro que a situação brasileira tem sido considerada como "delicada" por parte do organismo internacional e pede investigações imparciais sobre os crimes registrados.
O acirramento da política em meio à disputa eleitoral tem desembocado em episódios de violência física, facada contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) e até um assassinato. Nos últimos dias, foram registrados no País diversos casos de agressão por motivação política.
Na capital baiana, depois de se envolver em uma discussão na qual defendia o candidato petista, o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, foi assassinado a facadas dentro de um bar.
Bolsonaro foi questionado sobre o assassinato. "A pergunta deveria ser invertida. Quem levou a facada fui eu. Se um cara lá que tem uma camisa minha comete um excesso, o que tem a ver comigo? Eu lamento, e peço ao pessoal que não pratique isso, mas eu não tenho controle."
Na quarta-feira, ele voltou ao assunto em seu Twitter, já com um outro tom. "Dispensamos voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim. A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar." Mas, em uma segunda postagem, ele disse haver um "movimento orquestrado forjando agressões" para o prejudicar, "nos ligando ao nazismo, que, assim como o comunismo, repudiamos".
Na ONU, o apelo é pelo respeito. "Condenamos qualquer ato de violência e pedimos investigações imparciais, efetivas e imediatas sobre tais atos", declarou a porta-voz do escritório da ONU, Ravina Shamdasani.
"O discurso violento e inflamatório dessas eleições, especialmente contra LGBTI, mulheres, afrodescendentes e aqueles com visões políticas diferentes, é profundamente preocupante, especialmente dado os relatos de violência contra tais pessoas", disse Ravina.
"Pedimos a líderes políticos e aqueles com influência a publicamente condenar qualquer ato de violência durante esse período eleitoral delicado, e a chamar a todos os lados para que se expressem de forma pacífica e com o total respeito pelo direito dos demais", completou a porta-voz.
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