Política

Comandante do Exército diz que se houver intervenção será para 'manter democracia'

General fez a declaração durante um evento em homenagem a um soldado morto por guerrilheiros em 1968, durante o regime militar

Por Sputnik Brasil 06/07/2018 11h06
Comandante do Exército diz que se houver intervenção será para 'manter democracia'
Reprodução - Foto: Assessoria
O general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército Brasileiro, afirmou nesta quinta-feira (5), que descarta a possibilidade de uma intervenção militar nos mesmos moldes da que instaurou uma ditadura de 21 anos no Brasil, mas que se o Exército intervier será para "respeitar a Constituição e manter a democracia". "Eu nem vejo um caráter ideológico nisso. Mas, de qualquer forma, as Forças Armadas, e o Exército pelo qual eu respondo, se, eventualmente, tiverem de intervir, será para fazer cumprir a Constituição, manter a democracia e proteger as instituições", afirmou. Segundo uma reportagem publicada pelo portal UOL, Villas Bôas fez a declaração durante um evento em homenagem a um soldado morto por guerrilheiros em 1968, durante o regime militar. O general disse que movimentos que pedem a volta dos militares ao poder têm uma identificação com os valores das Forças Armadas e uma ânsia de reestabelecimento da ordem. "Sempre o exército atuará sob a determinação de um dos Poderes da República, como aconteceu agora, por exemplo,nessa greve dos caminhoneiros", complementou. O evento contou presença do comandante-geral da PM de São Paulo, Marcelo Vieira Salles, e quatro deputados estaduais que pertencem à chamada "bancada da bala".