Política

Petroleiros decidem entrar em greve nesta quarta-feira (30)

Paralisação é por tempo indeterminado devido ao valor dos combustíveis

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 30/05/2018 08h28
Petroleiros decidem entrar em greve nesta quarta-feira (30)
Reprodução - Foto: Assessoria
Petroleiros de Alagoas entram em greve a partir desta quarta-feira (30) por tempo indeterminado.  A categoria pede o fim da política de preços da Petrobras, que atrela o valor dos combustíveis à variação internacional. Os trabalhadores também pedem o fim das privatizações e a saída de Pedro Parente, indicado pelo presidente Michel Temer (MDB) ao comando da estatal. À reportagem da Tribuna Independente, a assessoria de comunicação do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro), informou que a decisão, acordada na assembleia da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), busca captar a insatisfação da população com o aumento da gasolina e do etanol nas bombas, e pega carona na greve dos caminhoneiros, que há oito dias paralisam as estradas do país. “Foi decidido uma greve por tempo indeterminado nas unidades da Petrobras de Alagoas e Sergipe. A pauta principal da greve é lutar pela redução dos preços dos combustíveis. Além disso, os petroleiros estarão na luta contra a privatização da Petrobras e a venda das refinarias. A entidade também exige a saída do Pedro Parente do comando. Essa greve dos caminhoneiros escancarou isso para o Brasil inteiro com a política de reajuste quase que diário do combustível, gás de cozinha e isso causou um impacto extremamente negativo na vida das pessoas”, relatou a entidade sindical. Segundo a assessoria do Sindipetro, a Petrobras mudou a política de preço, atrelando ao preço do barril à cotação internacional do petróleo e da variação do dólar, atendendo os anseios dos acionistas, mas em detrimento dos interesses nacionais. O Sindipetro explicou ainda que as negociações se darão com a empresa que fica sediada no Rio de Janeiro e que serão feitas por meio da Federação Nacional dos Petroleiros.” “Quem está chamando essa greve aqui em Alagoas e em alguns outros estados é a FNP. A depender dessa força, iremos negociar”, disse.