Política

Professores defendem partilha dos recursos dos precatórios do Fundef

MPF já advertiu que dinheiro deve ser usado apenas na educação

Por Edmilson Teixeira com Tribuna Independente 29/05/2018 08h20
Professores defendem partilha dos recursos dos precatórios do Fundef
Reprodução - Foto: Assessoria
A história do pagamento dos precatórios oriundos do Fundef, sobretudo para os professores dos municípios alagoanos, vem causando muita polêmica entre prefeito e a categoria. É que ainda existem 33 prefeituras que estão prestes a receber os milionários repasses do governo federal. No entanto, os gestores já foram advertidos por meio do Ministério Público Federal (MPF), inclusive assinaram um pacto de compromisso com o órgão, a fim de  investir os recursos somente na Educação, e não repassar 60% do bolo financeiro para ser dividido entre os professores, assim como fizeram muitas prefeituras recentemente no Estado. Por conta dessa situação, na manhã desta segunda-feira (28), a capital recebeu centenas de professores procedentes de mais de 20 municípios. Eles fizeram um grande manifestação a pé, com carro de som, faixa e cartazes, entre a Praça Centenário no bairro do Farol, até a sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), onde um grupo de 15 representantes foi recebido por uma equipe técnica do órgão, cuja reunião chegou a render cerca de duas horas, mas sem prosperar nada para os manifestantes. “Foi uma reunião que praticamente não resultou em nada, pois o único proveito  que tivemos foi a ideia da gente mesmo ligar para o deputado JHC, a fim de que esse nos represente nessa tão polêmica questão, já que o deputado é membro da Comissão Parlamentar que acompanha a liberação dos repasses dos Precatórios do Fundef”, disse a professora Elzenir Torres, representante da Barra de São Miguel, afirmando que  assessoria de JHC ficou de agendar uma data dentro do mais breve possível. “Estamos brigando amparadas numa lei federal, que garante aos professores da rede municipal de ensino, sobretudo os que efetivamente estão nas salas de aulas, entre o período de 1998 a 2016, o repasse de 60% a ser distribuído com a categoria;  e os 40% restante para investir na estrutura física das unidades de ensino” comentou ansiosa a professora Maria Núbia Vitor de Sousa, do município de Atalaia. “O nosso maior inimigo é o poder, pois nos coloca às margens da sociedade”, desabafou no microfone Fábio Cirilo, de Atalaia, afirmando que essa foi a primeira vez que os municípios envolvidos se uniram em um só grupo, e que de agora em diante a situação tende a se unificar. “Iremos acionar nossos jurídicos para que os professores tenham direito. Precisamos também alertar à população sobre os nossos pleitos”, destacou.