Política

Nome da oposição ao Governo pode ser o de Kelmann Vieira

Presidente da Câmara de Maceió pede “um tempo” para avaliar convite

Por Carlos Amaral com Tribuna Independente 15/05/2018 07h48
Nome da oposição ao Governo pode ser o de Kelmann Vieira
Reprodução - Foto: Assessoria
A solução do PSDB para disputar o Governo do Estado pode sair de uma Câmara Municipal, assim como em 2014. Mas desta vez, da de Maceió. O nome mais forte no momento é o do presidente da Casa de Mário Guimarães, Kelmann Vieira (PSDB). No final da manhã de segunda-feira (14), uma reunião entre o prefeito de Maceió Rui Palmeira – presidente estadual da legenda – e vereadores da capital alagoana. À reportagem da Tribuna Independente, Kelmann Vieira disse estar aberto à possibilidade, mas que ouviria seus pares antes de decidir seu futuro político. “Pedi um tempo. Estou consultando os vereadores de Maceió primeiro”. Desde o anúncio de Rui Palmeira de que não disputaria a eleição deste ano – no mês de março – o polo de oposição precisa correr contra o tempo para apresentar uma candidatura forte contra a reeleição de Renan Filho (MDB). O primeiro nome ventilado então foi o do deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB), mas ele preferiu atender ao convite do ex-governador – e ex-senador – Teotonio Vilela Filho, também do PSDB, de concorrer ao Senado. Assim, os partidos de oposição a Renan Filho vêm há algum tempo tentando ungir um nome razoavelmente competitivo. A opção é Kelmann Vieira, caso aceite o desafio. Um dos problemas a ser resolvido caso a ideia se torne realidade, é o voto para o Senado. O presidente da Câmara Municipal de Maceió já havia declarado que um de seus votos seria do senador Renan Calheiros. Portanto, como fica essa situação: Kelmann Vieira segue votando num senador da chapa adversária à sua, cujos nomes serão Benedito de Lira (PP) e Rodrigo Cunha? EDUARDO CANUTO Para o vereador Eduardo Canuto (PSDB), líder da base de apoio de Rui Palmeira na Câmara Municipal, Kelmann Vieira “tem mais a cara do prefeito na campanha”. “Kelmann é mais a cara do Rui, já que o Rodrigo não é do mesmo grupo dentro do partido. Além disso, tem a simbologia de mostrar que o prefeito não está ‘morto’, que ele tem grupo e uma campanha para comandar”, avalia Eduardo Canuto. Ainda de acordo com ele, o presidente da Câmara Municipal de Maceió deve dar sua resposta até a próxima segunda-feira (21). “Kelmann pediu para avaliar. Ele que medir se as alianças lhe garantem estrutura de campanha. Ele está balançado”, comenta o líder de Rui no parlamento municipal. Em relação à disputa para o Senado, Eduardo Canuto ressalta que se Kelmann Vieira aceitar ser o candidato ao Governo do Estado, irá apoiar as candidaturas da chapa: Benedito de Lira e Rodrigo Cunha. “Se ele for candidato ao Governo terá uma composição de Senado com Rodrigo e com o Benedito de Lira. Ele precisa dos dois no interior, principalmente em Arapiraca. Tanto Kelmann quanto o Rodrigo são de lá e há na cidade um sentimento bairrista”, diz Eduardo Canuto.