Política

Pré-candidata à presidência percorre país de carro e é contra foro privilegiado

Valéria Monteiro esteve na Tribuna nesta segunda para falar sobre pré-candidatura

Por Texto: Rívison Batista 14/05/2018 19h58
Pré-candidata à presidência percorre país de carro e é contra foro privilegiado
Reprodução - Foto: Assessoria
A pré-candidata à presidência da República pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), Valéria Monteiro, esteve em Maceió nesta segunda-feira (14) e falou à Tribuna sobre diversos assuntos relacionados ao atual momento político-social brasileiro, além dos planos para o poder executivo nacional. A jornalista e ex-apresentadora de TV diz que está fazendo uma caravana pelo Brasil no seu próprio carro. “O objetivo desta pré-campanha é me apresentar como pré-candidata, pois muitas pessoas me conhecem apenas como jornalista. É algo modesto, com recursos próprios. A ideia é que não precisamos de R$ 70 milhões para se fazer uma campanha, nem R$ 200 milhões, como foram estimadas as últimas campanhas presidenciais. É a retomada da boa política, da política do olho no olho e da conversa direta”, afirma Valéria. Valéria Monteiro diz que está imprimindo uma campanha verdadeira, de uma pessoa do povo. “Neste pleito, a gente tem uma característica diferente que é a forte influência das redes sociais. Isso acaba favorecendo para a interlocução direta com a população”, declara. A pré-candidata afirma que, através da caravana por terra, está buscando conversar com os brasileiros e entender o país. “É quando vemos que o Brasil tem proporções enormes. Acredito que as pessoas estão descrentes de que elas possam influenciar nas decisões políticas. Estão descrentes dos partidos políticos e dos políticos, e aí elas têm razão. Mas também querem ouvir quais são as formas que elas podem acreditar que o acesso à saúde será mudado e que terão mais acesso à educação. E muita gente está entendendo que a insegurança que estamos vivendo é uma decorrência da falta ao acesso à educação e de condições adequadas e dignas de vida. Fora isso, pelo chão, vemos as precárias condições das rodovias brasileiras. Em muitos trechos, observamos que não há acesso à internet ou qualquer tipo de comunicação e não existe democracia sem acesso à informação”, relata. A pré-candidata afirma que é totalmente contra o foro privilegiado que ampara os parlamentares e tem como principal proposta o combate à desigualdade. “É a desigualdade que promove a insegurança, a falta de acesso à educação e à saúde, e, se formos observando isso que a desigualdade traz, acabamos percebendo que tudo está ligado à crise ética e política que vivemos hoje, com todos esses casos de corrupção”, afirma. Valéria é a favor de uma política que diminua privilégios parlamentares. “A maior parte da população brasileira não tem foro privilegiado e essa população vai ser encarcerada no momento em que for condenada, às vezes em primeira instância”, declara. Segundo a jornalista, do modo que o sistema eleitoral está estruturado, não há democracia. “Se você não tem dinheiro e você quer se candidatar em um partido, já não é aceito. Você tem que levar dinheiro aos partidos, que já possuem os fundos partidário e eleitoral, que eu abri mão, inclusive”, diz. De acordo com Valéria, a executiva nacional do PMN determinou que não irá ter candidatura própria à presidência. “Porém, quando eu me filiei, no Brasil inteiro era notório que eu estava me filiando para ser pré-candidata à presidência. Eles imaginaram, talvez, que pudessem me colocar em outra candidatura, talvez ao Senado ou à Câmara, e puxar um grande contingente de eleitores para trazer outros deputados”, afirma. Valéria diz que continua pré-candidata do PMN até a convenção oficial do partido, no próximo mês. “Onde está a bancada do povo?” “Todo mundo diz que o Judiciário é politizado, mas eu vejo que a política judicializou tudo com um número de crimes de todo tipo envolvendo a maior parte de nossos representantes no Congresso”, diz. Segundo Valéria, desde a redemocratização da política brasileira, vem se aprofundando a distância entre o poder político e o povo. “O poder político só está cada vez mais preocupado em se aliar ao poder econômico. Os ministros das pastas econômicas estão todos ligados ao mercado financeiro. Nós temos que mudar isso. Eu quero romper com esse tipo de ligação, pois a política tem que representar toda a população”, comenta a pré-candidata. Valéria afirma que, atualmente, no Congresso, existe a bancada ruralista, a bancada religiosa e a bancada da bala, mas questiona: “Onde está a bancada do povo?”. De acordo com a jornalista, casos de violência decorrentes da bipolarização ideológica (esquerda e direita) que acontecem hoje no eleitorado brasileiro é fruto de uma democracia ainda imatura. “A maior parte do eleitorado brasileiro vota em candidatos, não em partidos. Depois do voto no candidato, aquilo que aquele candidato representa cai porque ele cometeu algum crime, aí vai um movimento pendular para outro lado completamente radical, seja de esquerda ou direita. Isso não nos favorece como povo e nação. Temos que entender isso para pararmos de brigar. Há pessoas brigando dentro de suas casas. Temos que recuperar a racionalidade do bom debate. O que não podemos é sermos convencidos de forma enganosa, que é o que tem sido feito nos últimos governos”, declara a pré-candidata. Valéria Monteiro convida a todos a seguirem suas redes sociais: Instagram: https://www.instagram.com/valeriamonteiro1/ Twitter: https://twitter.com/mntvaleria Facebook: https://www.facebook.com/Valéria-Monteiro-1963250777037242/