Política

Sinteal e trabalhadores realizam vigília em sede de secretaria municipal

Representantes da direção do Sinteal e da base da rede municipal se reuniram com a Semge e a Semed

Por Assessoria do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas 14/05/2018 16h23
Sinteal e trabalhadores realizam vigília em sede de secretaria municipal
Reprodução - Foto: Assessoria
Em dia de paralisação da rede municipal de educação de Maceió, o Sinteal organizou mais uma vigília de luta, na manhã desta segunda-feira (14). Com faixas, bandeiras e cartazes, a categoria ocupou o pátio da Secretaria Municipal de Gestão (Semge) para acompanhar a audiência entre representantes da Prefeitura de Maceió e Sinteal. A audiência estava marcada para o final da manhã (11h30), mas desde às 09h30 o pátio da secretaria já se encontrava ocupado por trabalhadores. “Estamos aqui em defesa do nosso direito. Nossa data-base foi em janeiro e estamos desde dois mil e dezessete sem reajuste, só acumulando perdas e mais perdas”, disse Consuelo Correia, presidenta do Sinteal. A comissão de lideranças da educação foi chamada para a audiência antes das 11h30. Representantes da direção do Sinteal e da base da rede municipal se reuniram com a Semge e a Semed, onde foram apresentados números pela gestão para “justificar” que “não tem como falar em reajuste agora”, segundo o secretário de Gestão. Sem esquecer o grupo de trabalhadores que estava no pátio da secretaria, na vigília de luta, a presidenta do Sinteal respondeu ao secretário com cobranças. Consuelo lembrou que falta clareza na posição da prefeitura, já que a apresentação feita pelos gestores demonstrou que houve crescimento nos recursos financeiros, “essa matemática não fecha, porque está claro que há condições suficientes para dar reajuste”. Um dos membros da comissão de trabalhadores fez uma crítica pontual à matrícula on-line, que deixou muitas crianças sem vagas. O secretário municipal de Gestão falou em “risco de atraso de salários” e reafirmou que a folha de pagamento ultrapassa os recursos do Fundeb. Segundo ele, “a mesa está aberta” para discutir outros pontos da pauta, “mas o reajuste não dá para discutir agora”. Discordando veementemente do secretário, Consuelo lembrou que os processos devem ser agilizados, e que “isso é direito da categoria, mas isso não resolve a situação da categoria, que está na luta por reajuste salarial”, e salientou que 460 processos “não representam, de maneira alguma, toda a categoria”. Na audiência também foram discutidas pontos da pauta da educação como a convocação de concursados, pagamento de anuênios, desconto indevido contra trabalhadores afastados por problemas de saúde (retroativamente) e progressões por mérito e titulação. A vice-presidenta do Sinteal, Célia Capistrano, ao final da audiência, fez duras críticas às chamadas “prioridades” da gestão municipal: “Tem que parar de tratar salário de educador como gasto. Tem que parar com isso. Todo mundo sabe que é investimento. Estamos cansados de ouvir essa resposta. Vamos dizer à categoria que a prefeitura de Maceió, mais uma vez, quer dar zero porcento de reajuste. Que é esta a ‘valorização’ que eles impõem aos trabalhadores da educação!”. Em seguida, Célia denunciou que, “quando os trabalhadores se mobilizam, a decisão da Justiça contra a nossa luta tem de ser cumprida. E quando o nosso salário é dilapidado, não se respeita liminar alguma”. Os trabalhadores da rede pública municipal em Educação estão em estado de greve e participarão, no próximo dia 21 de maio (2ª feira), às 09hs, no Clube Fênix Alagoana, de uma assembleia unificada de luta de servidores públicos municipais.