Política

Oposição continua sem nome para o governo

PSDB ainda não tem um candidato com densidade eleitoral para bater Renan Filho

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 12/05/2018 09h55
Oposição continua sem nome para o governo
Reprodução - Foto: Assessoria
A decisão do deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB) de lançar seu nome como pré-candidato ao Senado acabou frustrando as expectativas da oposição ao governador Renan Filho (MDB), que acreditavam numa disputa entre o tucano com o atual chefe do Poder Executivo alagoano. Após esse banho de água fria em alguns setores do tucanato alagoano, o principal grupo oposicionista, composto pelos partidos PSDB, Progressistas (antigo PP), DEM e Pros não consegue ver a luz do fim do túnel. A última esperança parecia mesmo ser o deputado estadual. O presidente do PSDB em Alagoas, prefeito de Maceió, Rui Palmeira, considerou, em entrevista para a imprensa na última sexta-feira (11), que a decisão de Rodrigo Cunha foi “consciente e bem pensada”. Ele avaliou ainda que o momento é de analisar outros nomes e manter a aliança com os partidos. Rui disse ainda que o partido espera manter a aliança com o Progressistas, de Benedito de Lira, PROS e o DEM. Com o anúncio de Rodrigo Cunha, foi levantada uma possível ruptura entre Progressistas e PSDB. Sem um nome até o momento, o principal grupo vê outras figuras políticas aparecerem no cenário como principais oposicionistas a Renan Filho e que prometem ter debate e embate para as eleições de outubro. Na linha da esquerda, o PSOL irá lançar o professor e doutor em Direito, Basile Christopoulos. A pré-candidatura será oficializada na próxima terça-feira (15), em Maceió, quando o partido recebe na capital o pré-candidato a presidente da República, Guilherme Boulos. O partido destaca que o pré-candidato possui uma série de propostas que vão beneficiar a população alagoana. Partidos de menor expressão lançam pré-candidatos Outros partidos também estão lançando seus pré-candidatos ao Governo de Alagoas. O Podemos apresentou o nome do jurista Richard Manso como principal nome, além de garantir o palanque do pré-candidato a presidente, o senador Álvaro Dias. Conservador e de direita, o PSL, partido do deputado federal e pré-candidato a presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, lançou como postulante ao cargo de governador, o engenheiro Josan Leite. Ele foi candidato a vereador por Maceió, em 2016, obtendo 2.033 votos. Com o atual cenário político, a cientista política Luciana Santana, foi ouvida pela reportagem da Tribuna Independente. Ela analisa que a situação para Renan Filho ainda permanece bastante tranquila com os nomes que estão sendo apresentados. “Eu acho que trazem para a disputa eleitoral uma oportunidade de diálogo em termos de gestão. Uma avaliação do governo, do que está sendo feito e se realmente tem atendido as expectativas da população ou não. Lacunas do governo que precisam ser pensadas melhor pelo próximo governo. Diante desse quadro a reeleição do Renan tende a ser mais confortável. O que não quer dizer que a gente não tenha uma disputa eleitoral com provocações que eu entendo que faz parte da disputa, até porque não é só uma disputa para um cargo, mas temos disputa para outros cargos e que quer queira quer não acaba sendo influenciado pelo desempenho do governador”. Questionada se o anúncio de Rodrigo Cunha para o Senado acaba com qualquer perspectiva da oposição a Renan Filho. A cientista acredita que enfraquece a possibilidade de uma reação principalmente por parte do principal partido oposicionista que seria o PSDB. “A gente tem uma mudança. Provavelmente esse bloco com Progressistas, Pros e DEM vai ter que repensar estratégias ou repensar ações no sentido de conseguir êxitos mesmo num pleito como esse com oposições que tem menos possibilidade de ganhar uma disputa eleitoral”, avalia Santana.