Política

Judson Cabral destaca período na Serveal

Ex-presidente do órgão deixou o PT e quer vivenciar nova experiência no PDT

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 01/05/2018 08h02
Judson Cabral destaca período na Serveal
Reprodução - Foto: Assessoria
O TH Entrevista, do portal Tribuna Hoje, desta semana recebe o engenheiro e ex-deputado estadual Judson Cabral (PDT). Ele falou sobre a experiência de ter presidido o Serviço de Engenharia do Estado de Alagoas (Serveal), de 2015 até este ano, como também sobre o retorno para o meio político. O trabalhista será pré-candidato a uma das 27 vagas da Assembleia Legislativa no pleito eleitoral deste ano. “Foi muito importante voltar ao exercício, uma reciclagem e um reencontro com a categoria profissional a qual eu dirigi, pois fui presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas [Crea]. Profissionalmente e politicamente, foi muito bom porque a minha base política foi sempre em cima da área que eu pertenço”, ressalta Judson. Sobre a decisão de deixar o Partido dos Trabalhadores (PT) após mais de 30 anos na sigla, o ex-deputado disse que fez uma reflexão e entendeu junto a sua equipe que era o momento de uma nova experiência. “Inclusive, para dar uma contribuição maior ao mundo da política eu entendi que era o momento de deixar o PT e buscar outra agremiação sempre pelo centro-esquerda ou esquerda para que eu possa dar uma contribuição e continuar trabalhando dentro dos meus ideais. É uma nova motivação”. Questionado se a derrota de 2014 estaria relacionada com a candidatura do deputado Rodrigo Cunha (PSDB), que segundo estatísticas das zonas eleitorais, teria o mesmo eleitorado que Judson, além de o perfil ser parecido, Cabral disse que o fator primordial que deve ter atrapalhado suas pretensões foi a situação do PT, que vinha sofrendo com acusações de corrupção. “Na verdade, no pleito passado não houve uma competição entre Judson Cabral e Rodrigo Cunha. A política tem o chamado imponderável, então foi o momento em que eu ainda pelo PT e o partido foi demonizado, criminalizado. Houve uma inversão, uma fuga das pessoas dentro daquilo que acreditavam que não queriam votar no PT, mas não houve nenhuma competição, pelo contrário acho que a sociedade ganhou uma experiência nova parlamentar que tem demonstrado e dedicado um excelente trabalho”, declarou Judson Cabral, que agora está filiado ao PDT. https://www.youtube.com/watch?v=MlVOtTXXPSk&feature=youtu.be Pedetista defende novos conceitos Judson Cabral também fez uma avaliação do atual cenário da política brasileira. Ele entende que até então só tiveram reformas basicamente eleitorais e que é preciso dar uma nova roupagem e reavaliar conceitos e partidos. “Precisamos rever as questões de alianças, precisa ser revista a cláusula de barreira porque partido você pode construir, agora para se inserir no contexto e disputar com o financiamento da sociedade, precisa ter critérios mais claros para que a gente acabe com os partidos de aluguéis, e derrube de vez essa história da imunidade”, argumenta Cabral. O ex-deputado estadual comentou também sobre a brecha que há na Lei da Ficha Limpa e que culminou na decisão do vice-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Celyrio Adamastor, que concedeu uma deliberação favorável a três condenados em segunda instância na Operação Taturara, deixando-os livres para se candidatarem na eleição deste ano. (Leia mais sobre o assunto na página 2) “Vejo que tudo aquilo que se faz em nível de arranjo o reflexo para a sociedade é o pior possível. Para que você represente a sociedade, você não é obrigado a ser candidato. Mas, para você ser candidato acima de tudo você tem que está em dia com a sociedade. Você não pode ser um candidato que caia sobre você dúvidas envolvimento em improbidade e corrupção. Acredito que nessa situação a Ficha Limpa é indispensável porque se não as coisas se repetem. Entendo que tem que ter mais rigor”, finaliza.